BORNIER, HÁ MIL LÉGUAS DE DISTÂNCIA DE JAIME LENNER

Carlos Gilberto Triel

Nelson Bornier perde horas atendendo dezenas de vereadores que já vieram ao mundo sem nenhum senso das proporções e que, inconformados por ainda não terem sido atendidos em suas reivindicações de cargos e nomeações não largam do seu pé.

Vereador não tem nada que ir ao prefeito, ele é o fiscal, quem tem que ir a Câmara é o próprio prefeito e, isso quando for convocado para dar explicações sobre atos de seu governo, fora disso é desvio de conduta.

A continuar perdendo tempo com essa turma, daqui a pouco  enlouquece e, não conseguirá governar-se a si mesmo. Ou traz a sociedade como um todo para o seu lado, motivando-a dizer o que quer ou governará refém da mediocridade.

O ex-prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, premiado pela ONU já em 1990 como o responsável da transformação da cidade de Curitiba como a capital verde do Brasil, dizia que ninguém segura uma população motivada.

E essa monção não foi coisa de Câmara de Vereadores paparicando empresariado ou patrocinador que bancou a eleição do autor da homenagem, não. Foi o prêmio máximo do Meio ambiente ao homem que esteve à frente do seu tempo.

E o resultado é que Curitiba tem o maior índice de área verde por habitante: 52 m2* (segundo a Organização Mundial de Saúde, quando o mínimo recomendado é 12 m2).

Mas nem sempre foi assim. Em 1971, a cidade contabilizava míseros 0,5 m2 por habitante e a população era três vezes menor do que os atuais 1,8 milhão de moradores.

Os vereadores têm importância até a página 1, e assim como Jaime Lenner que viu o obvio, incentive com fórmulas simples a população irrigar árvores plantadas pelas ruas, aí ela mesma espantará os que estão a lhe impingir seus interesses pessoais.