O jornalista Augusto Neves da revista Veja diz que o governador gaúcho Tarso Genro deve evitar viajar para Nova York. Vá que em seus passeios em alguma esquina de Manhattan dê de cara com o pugilista cubano Guilhermo Ringodeaux ?
Para quem não sabe, Guilhermo foi preso em 2007 junto com o
também pugilista Erislandy Lara no alojamento dos atletas cubanos que participavam dos Jogos Panamericanos do
Rio, quando tentavam fugir para a Alemanha.
Augusto Neves chama Tarso Genro, então ministro da Justiça, de
capitão-do-mato a serviço de Fidel Castro e, diz que os cubanos foram
capturados pela Polícia Federal e devolvidos à ilha-presídio e, a bordo dum
avião militar venezuelano.
Na entrevista o ministro teve a desfaçatez de dizer que os
pugilistas quiseram voltar a Cuba por livre e espontânea vontade. O que foi desmentido com os fatos que Augusto Nunes relata em seu artigo dessa semana na revista.
E que três anos depois da deportação dos pugilistas insatisfeitos
com o regime cubano, o mesmo Tarso impediu a extradição do terrorista Cesare
Battisti, condenado a prisão perpétua na Itália acusado de matar quatro pessoas
“inimigas “ do proletariado.
O tempo passou e, em 2009 eles conseguiram finalmente fugir de
Cuba para a Alemanha e, no último domingo, agora em Nova York, Guilhermo Ringodeaux venceu por pontos o
filipino Nonito Donaire por pontos, coroando de vez sua carreira aos 32 anos.
Tudo isso nos remete a seguinte conclusão: militantes partidários
que estão acusar adversários políticos deveriam arrefecer os ânimos. Quem não
tem estômago para coisas assim, está no lugar errado e, mais cedo ou mais tarde, o caráter o conduz à pular fora.
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