sábado, 6 de abril de 2013

SEM NENHUM PUDOR

Por Carlos Gilberto Triel

Temos em rede nacional de televisão, um missionário que se diz ministro de Deus e, sem nenhum pudor assegura que em nome de Jesus se alguém perder uma perna, pela fé naturalmente nascerá outra perninha nesse mesmo lugar.

Essa casta de mentirosos se proliferou de tal forma e grandeza, que para 10 Marcos Feliciano nos Templos e no Congresso a falar 300 besteiras por minuto, a Justiça nos manda apenas 1 Joaquim Barbosa e, só Deus sabe até quando esse ministro viverá entre nós.


A matéria prima desses personagens que invadiram a indústria televisiva  é a dor e o ranger de dentes dos seus semelhantes. Nada disso importa porque, no fundo, Deus é a última coisa em que acreditam; é algo que decorre da catequese insana, mentira anestésica aos carentes de afeto.
Daí o know-how dos EUA dos anos 50, em que a fé x dinheiro, induz a conveniência de debitar na conta do Capeta às dores do mundo. Hitler pessoalmente nunca matou ninguém, mas idealizou o sacro e o profano de que os inimigos são os outros e acabou por exterminar milhões de vidas.

E se não bastassem às fortunas que arrecadam os donos do evangelho no atacado, fazem caras e boquinhas, pulinhos, mãozinhas aos céus, expropria sem dó e piedade os recursos dos velhos, viúvas, doentes e até o último centavo dos endividados e, prometem coisas que nem o diabo ousaria.


Essas figuras não dão a mínima as autoridades constituídas deste país. Vá lá que se usufrua da liberdade religiosa assegurada por lei, mas que não se subestime os homens dessa mesma lei, pois a ideia que passa é que vivem como se não houvesse o amanhã, e então vamos que vamos.

2 comentários:

  1. Muito bom este texto.
    Estamos entrando em um caminho perigoso. Apesar de enaltecermos o estado laico, vemos a chamada bancada evangélica crescer cada vez mais. Não tenho nada contra os evangélicos ou contra os seguidores de qualquer outra religião. Pelo contrario, acredito até que a fé funcione como uma ferramenta de auxílio no equilíbrio social. Mas o capital político conquistado através da fé alheia é um absurdo. E não se trata de ter representante de uma parcela da sociedade no congresso, pois quando lá chegam, só pensam nos acordos sem escrúpulos em troca do poder. A eleição do Feliciano é um exemplo desta velha e tão atual prática na política brasileira. Outro exemplo foi o que aconteceu na última eleição quando a então candidata Dilma precisou assinar um documento em que se comprometia a não abordar um determinado assunto, acho que era o aborto. Ou seja, se esta condição não fosse respeitada os pastores tocariam seu rebanho para outro "curral" e com isso a sociedade perdeu o direito de discutir o assunto, e tomar a decisão que considerasse melhor e as chamadas ovelhas serviram como massa de manobra e um bom trunfo para futuras barganhas.
    Volto a dizer, é um caminho perigoso...!

    Volto a dizer, é um caminho perigoso...!

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