sábado, 13 de abril de 2013

A BANALIZAÇÃO DO MÉRITO

Por Carlos Gilberto Triel

Com o advento das redes sociais se pode transformar as cidades no melhor lugar do mundo. Foi-se o tempo em que prefeitos e vereadores, em poses de gente fina apresentavam a torto e a errado projetos casuísticos sem que quase ninguém soubesse.

Nada contra homenagear empresários, atletas, militares, artistas, etc. No entanto, quem prometeu ao eleitor ações mais urgentes, e logo no 1º ato político se dispõe a massagear o ego do oba, oba, age como um insensato perdido no cargo.

No uso do mandato popular sair em rapapé pelo plenário a coroar com honras oficiais pessoas que nada mais fazem do que cumprir seu trabalho, não é coisa que dignifica o voto recebido pelos eleitores, ludibriados em sua boa fé.

Não é à toa que a maioria dos políticos detesta o voto distrital, porque neste modelo, o compromisso é acordado ainda na campanha, e o caboclo que não cumpre com as metas estabelecidas com a “Comunidade que o pôs lá” pula fora.

O vereador que sai a distribuir aleatoriamente diplomas e troféus, do pastor ao guardinha da esquina; desempenha o simples papel de festeiro, tira “onda” de excelência, mas no fundo seu ideal maior é se unir à safra de brincalhões a qual pertence.

Quando se vê vereadores, deputados e senadores que passa toda uma existência de mandatos a recomendar apenas títulos e monções a patronos e patrões, perguntamos se essas pessoas têm um só instante, a consciência de sua inutilidade?

Que os vereadores daqui de nossa Nova Iguaçu pensem bem antes da Honra ao Mérito ao cidadão que realmente fez por merecer, porque se tudo não passar dum engodo à época do Papa Leão X de comendas e indulgências para se entrar no céu... 

Uma Rede os espera.

Um comentário:

  1. Muito interessante este posicionamento, pois expressa a realidade da classe politica brasileira.
    Temos visto mandatos hereditários e vitalícios que atestam para a capaciade de escolha do povão que hoje como sempre, ou melhor, nos ultimos 500 anos realiza por meros cinquentinha a felicidade destes "homes do povo", entre aspas e com h minusculo mesmo.
    Parabens.

    Virginio Crivello

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