Nas
últimas eleições aqui em Nova Iguaçu, o eleitor ficou indiferente aos apelos da
igreja do evangelho por atacado e não elegeu os chamados candidatos de Deus. A
então prefeita Sheila Gama apostou na força dos votos dos “irmãos” e perdeu
feio.
Agora,
toda essa polêmica em torno do pastor (sic) Marcos Feliciano acabou por chamar
atenção da opinião pública para uma classe muito especial (os empresários televisivos
da fé) que se mostra como um dos poderes mais influentes do país.
O
pessoal do PT já compreendeu que a mala é mais pesada do que se pensava e, que
a venda indiscriminada de horários nobres na TV aberta a grupos que se dizem
religiosos é a pedra no sapato da Dilma; a multiplicação desses filhotes fugiu
ao controle.
Alguns
falam até em ser presidente da república. Que é na verdade um direito
democrático, não fosse o uso e o abuso da salada mista de livros de autoajuda
e, da bíblia como pano de fundo para o engana trouxa, e daí a natural divisão
do voto duma militância intrinsecamente abençoada.
A afronta
à inteligência não têm limites, dias desses, usou-se um argumento persuasivo e,
liturgicamente irrepreensível para pegar a grana dos devotos. O caboclo disse
que o sujeito que dá o que sobra para a igreja, esse não merece a graça de
Deus.
E
disse assim:
“Deus
está olhando pra esse crente, Deus está observando a mão de porco desse fiel.
Porque Deus, não mandou aqui pra terra um anjinho da Vigésima Ordem não, Deus
mandou o que ele tinha de melhor que era o seu filho Jesus”.
E o homenzinho
não se deu por satisfeito:
“Deus
mandou seu próprio filho aqui pra terra pra morrer e, sendo assim Deus não
concorda que o ingrato desse nosso irmão dê para a sua igreja o pior de suas
economias, não. Deus quer que você dê o melhor. Merreca você dá para o mendigo,
nunca para Deus”.
“Ele
deu o melhor que ele tinha para vir salvar os pecadores, por que você quer dar
uma mixaria para a igreja de Deus?”
A
notável frase do Barão de Itararé: há algo no ar além dos aviões de carreira
volta e meia é usada pelos mais antigos, para o prenúncio de que alguma coisa
está prestes a acontecer de forma e maneira contundente perante a opinião
pública.
E a
soberba e o preconceito do Marcos Feliciano fez com que as redes sociais
unissem homens e mulheres de boa vontade na mesma cruzada contra a intolerância.
E o esvaziamento que se se deu com os votos do eleitor, subestimado em sua inteligência, a tendência é que chegue aos
templos das portas largas.
É
tudo uma questão de tempo e, de interação no Facebook.
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