Dias desses um caso passional abalou uma comunidade evangélica em
Queimados. Um homem foi esfaqueado pelo irmão da fé e, como diz a letra da
musica, a dor daquela gente não saiu nos jornais.
Cada vez mais ensinam menos o propósito das palavras de Jesus.
Irmãos se reúnem para falar dum de Deus de vitória, daquele que vem para
esmagar a cabeça do inimigo. E como Deus não se presta a isso, o barraco
desabou.
Meia dúzia de personalidades, figurinhas fáceis na TV dizem que em
nome de Deus milagres acontecem. Talvez, muito mais, um talvez; pois o que se
vê nas atitudes dos empresários dessas seitas passa distante do amor e da
caridade simples de Jesus.
Ainda ressoa a entrevista do Malafaia à Marilia Gabriela, de que ninguém
é otário para seguir a mesma igreja 30 anos se não estivesse recebendo a
prosperidade divina, seja em bens materiais, na vitória sobre o capeta ou no
milagre da saúde.
Mas, perguntem aos lideres dessas grandes organizações se oferecem
planos de saúde para eles, seus bispos e pastores, ou se os seus dependentes
não estão amparados pelo que há de melhor em termos de medicina de ponta?
Caso afirmativo, a pergunta é simples: Por que o Deus do Milagre
por si só não basta em vez de um plano de previdência de Saúde para si e para os membros da cúpula eclesiástica?
Por que recorrer à medicina dos homens se Deus opera milagres de
montão? Ou mesmo por que não estender os Planos de Saúde privado aos irmãos que
não conseguem sequer ser atendidos na rede pública?
Num Brasil que se curva a verdades discutíveis, seja no sacro e no
profano, ora duma igreja cada vez mais voraz nas planilhas de custos para se
operar milagres, ora por uma mídia obsidiada por verbas estatais para que
escândalos sejam abafados...
Joaquim Barbosa está aí a fazer à diferença. Há pessoas que é uma
unanimidade pelos sábios, mesmo na compreensão um tanto quanto distinta, mas
todos duma forma ou outra por mais que discorde do ministro não ousam sequer
encará-lo.
Até opositores loquazes não disfarçam o constrangimento ante sua
presença. Os que conduzem o povo a negar o que os olhos veem e enxergam; se esmorecem
porque no fundo de suas almas sabem que estão diante dum homem integro.
A crença medieval de que o culpado de todas as mazelas é o velho e
pobre diabo e estamos conversados, já deu o que tinha que dar.
Quem nos dera ouvir um dia, o veredito dum Joaquim Barbosa no STF sobre esse Deus laranja que estão a vender nos botecos da fé.
Forte como sempre. Concordo com você Triel!
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