Por Roberto Moraes
A Fundação Perseu Abramo ligada ao
Partido dos Trabalhadores realizou uma pesquisa de opinião pública sobre
democratização da mídia. A pesquisa foi realizada entre abril e maio e ouviu
2.400 pessoas das diversas regiões do país. Nela há uma série de resultados
interessantes uma delas mais geral é:
"A TV aberta permanece como meio
com penetração virtualmente universal, alcançando 19 em cada 20 brasileiros/as
(94%), assistida diariamente por cerca de 4 em cada 5 (82%). O rádio é o
segundo meio com maior penetração (79%), ouvido diariamente por pouco mais da
metade da população (55%).
A internet já divide com os jornais impressos a terceira colocação (ambos com 43%), e a TV por assinatura, em quinto lugar (37%, sendo 30% diariamente), supera em penetração a soma de todas as revistas impressas (24%)."
Outros resultados da pesquisa que no
entendimento do blog vale divulgação. Elas buscaram compreender como a
população enxerga as mídias, seus interesses e forma de atuação:
"Os meios de comunicação no Brasil
costumam defender os interesses sobretudo dos seus próprios donos(35%) e dos
que têm mais dinheiro (32%), avalia a maioria da população brasileira.
Para 21% os meios defendem prioritariamente
os políticos e apenas 8% acreditam que defendem mais os interesses da maioria
da população. Na soma de duas indicações, essas taxas atingem, respectivamente,
66% 58%, 50% e 15%.
Concordam plenamente que os meios de
comunicação costumam ser neutros e imparciais apenas 22%; que a cobertura do
governo Dilma tem sido equilibrada 29%, e que “quando noticiam um fato
político, geralmente ouvem todas as correntes políticas envolvidas” apenas 18%
(discordam totalmente 17%).
Concordam totalmente que “quase todos
só defendem os interesses das elites” 29%, contra apenas 7% que discordam
plenamente disso. Nessas quatro afirmações avaliadas, a maioria absoluta (em
torno de 2/3) posiciona-se entre a concordância/discordância parciais – entre
uma postura nem puramente crítica nem ingênua.
Apenas cerca de 1/5 considera que o
direito de resposta é quase sempre respeitado (22%) atualmente no Brasil. Para
metade às vezes é, outras não (49%) e para 27% quase nunca é respeitado.
Em termos de cobertura noticiosa,
apenas pouco mais de 1/3 avalia que “as notícias que aparecem na TV, nas rádios
e nos jornais” cobrem a maior parte dos acontecimentos importantes(36%).
Para a maioria, o noticiário cobre
cerca da metade (43%) ou apenas uma pequena parte (21%) do que seria
importante."
Blog do Roberto Moraes
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