Carlos Gilberto Triel
O filme Drácula, de Bram Stoker, mostra
como o Conde veio a ser posto nessa vida de imortalidade à custa do sangue dos
infelizes. A plateia no final esquece-se do mal e chega a torcer para que o
morcegão morda logo o belo pescoço da mocinha.
No ano passado, o ex-deputado Mário
Marques disse na Rádio Tropical, que Aluísio Gama, o marido da então prefeita
Sheila Gama, era um craque e, se mostraria como tal, naquelas eleições de 2012.
Marques considerava inquestionável a
genialidade do Aluísio, não para resolver os problemas assumidos, mas para
ganhar no voto direto a reeleição e, depois, bom, depois veria o que fazer.
Não se falou em solução para os
problemas da Saúde, e sim na reeleição e nas qualidades dos atores. E concluiu
que se melhorasse qualquer coisa, a despesa aumentaria, o Hospital da Posse é o
maior consumidor de recursos do município.
Não há uma só cruz de cabeceira, do
juro que vou ser uma pessoa melhor exorcizando secretários, vereadores, entrados em idade, mas que insistem em posar ao lado da betoneira do asfalto
como se isso pagasse o voto e a nomeação recebida.
Mesmo sendo Drácula o monstro do seio
da noite, que vive a sugar os que cruzam seu caminho, a essência do personagem
ficou distante do vilão de produções anteriores. E por muito pouco, não virou
vítima, àquele a quem Deus virou às costas.
Quem sabe se a culpa de todos os males
que infernizaram a paz dos políticos de Nova Iguaçu, não seja do
vilão, esse abominável Hospital da Posse, que à semelhança do Hospital de
Iguaçu se deixou matar pelos bonzinhos da saúde.
Como esse secretário Sérgio Cortes que
atraca mais uma vez aqui, prometendo para daqui a 180 dias a
reabertura do Hospital de Iguaçu, como se não fosse à sua própria gestão uma
das responsáveis pelo seu fechamento.
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