segunda-feira, 29 de julho de 2013

A PEDRA FOI CANTADA LÁ ATRÁS

Em abril de 2010, o jornalista Diogo Mainard escreveu na Revista Veja: Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, emprestou um jatinho para transportar Eduardo Paes e Sérgio Cabral a Copenhague, onde acompanharam a escolha da sede da Olimpíada de 2016.

No mesmo dia em que Paes e Cabral embarcaram em seu jatinho, Eike Batista anunciou a compra de um empreendimento na Marina da Glória, que pertence à cidade do Rio de Janeiro, tornando-se simultaneamente concessionário da prefeitura.

E Diogo Mainard indaga: “Como dizer? – concedente do prefeito e do governador. É a política brasileira transformada no programa do Amaury Junior”.

E que Eike Batista pretende dominar a indústria turística carioca e, tanto que passou a oferecer passeios náuticos pela Baía de Guanabara, a bordo de sua Frota Pink Fleet.

Contrariamente ao que indica o nome, trata-se de uma frota dum barco só. No caso, uma balsa recauchutada de meados do século passado e essa Frota Cor-de-Rosa, poderia ser uma espécie de Bateau Mouche de Penélope Charmosa.

Além do Pink Fleet, ele diz que Eike possui também um restaurante de comida chinesa especializado em costelinhas com ketchup e uma clínica dermatológica “com status de grife” que fornece o tratamento Triniti-Syneron E-Max.

O conglomerado EBX reúne a maior parte de suas empresas e, que ocuparam já em 2009 os últimos lugares nos cálculos de lucros da Bolsa de Valores.

E que Chicago representa o passado. Madri representa o passado. Tóquio representa o passado. Só o Rio de Janeiro pode representar o futuro. 

Eike Batista encarna essa certeza melhor do que ninguém, com sua frota de um barco só, com seus licenciamentos ambientais indagados pelo Ministério Público e com suas empresas bilionárias que faturam tanto quanto uma padaria. 

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