Em abril de 2010, o jornalista Diogo
Mainard escreveu na Revista Veja: Eike Batista, o homem mais rico do Brasil,
emprestou um jatinho para transportar Eduardo Paes e Sérgio Cabral a Copenhague,
onde acompanharam a escolha da sede da Olimpíada de 2016.
No mesmo dia em que Paes e Cabral
embarcaram em seu jatinho, Eike Batista anunciou a compra de um empreendimento
na Marina da Glória, que pertence à cidade do Rio de Janeiro, tornando-se
simultaneamente concessionário da prefeitura.
E Diogo Mainard indaga: “Como dizer? –
concedente do prefeito e do governador. É a política brasileira transformada no
programa do Amaury Junior”.
E que Eike Batista pretende dominar a
indústria turística carioca e, tanto que passou a oferecer passeios náuticos
pela Baía de Guanabara, a bordo de sua Frota Pink Fleet.
Contrariamente ao que indica o nome,
trata-se de uma frota dum barco só. No caso, uma balsa recauchutada de meados
do século passado e essa Frota Cor-de-Rosa, poderia ser uma espécie de Bateau
Mouche de Penélope Charmosa.
Além do Pink Fleet, ele diz que Eike possui
também um restaurante de comida chinesa especializado em costelinhas com
ketchup e uma clínica dermatológica “com status de grife” que fornece o
tratamento Triniti-Syneron E-Max.
O conglomerado EBX reúne a maior parte
de suas empresas e, que ocuparam já em 2009 os últimos lugares nos cálculos de
lucros da Bolsa de Valores.
E que Chicago representa o passado.
Madri representa o passado. Tóquio representa o passado. Só o Rio de Janeiro
pode representar o futuro.
Eike Batista encarna essa certeza
melhor do que ninguém, com sua frota de um barco só, com seus licenciamentos
ambientais indagados pelo Ministério Público e com suas empresas bilionárias
que faturam tanto quanto uma padaria.
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