terça-feira, 16 de julho de 2013

MP FEDERAL QUER UMA SOLUÇÃO PARA ESTAÇÃO DE VILA DE CAVA

Transcrito do Blog do Alberto Marques

O Ministério Público Federal moveu ação civil pública contra a União, o municipio de Nova Iguaçu e o IPHAN por se omitirem na preservação e restauração da antiga estação ferroviária de Vila de Cava, em Nova Iguaçu.

Inquérito civil público do MPF constatou que o imóvel, tombado em 1989 pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), encontra-se abandonado e deteriorado, com resquícios de pequenas fogueiras no piso, além de alteração na cobertura original, facilitando infiltrações, conforme revelam esta foto de 2009.



De acordo com a ação, movida pela procurador da República Renato Machado, o Inepac informou que funciona na estação de Vila de Cava comércio sem alvará e que há ocupação irregular do terreno da Rede Ferroviária S.A (RFFSA) por familiares de ex-funcionários.

O Inepac também comunicou que foi erguido um galpão próximo à antiga bilheteria, desconfigurando a fachada do cenário. Já a associação Amigos do Patrimônio Cultural informou ao MPF sobre a situação de abandono e a possível ameaça de demolição do bem.

De acordo com a associação, funcionários da prefeitura visitaram o imóvel e alertaram sobre uma possível demolição para construção de um terminal rodoviário, visando melhorias no trânsito do bairro.

Segundo a ação, o Iphan declarou que a estação ferroviária de Vila de Cava tem valor histórico, artístico e cultural, porém o instituto não teria interesse na gestão do bem.

O Iphan também afirmou que foi procurado pela prefeitura de Nova 
Iguaçu para aprovação de um projeto de uso do ambiente, declarando que a Superintendência do Patrimônio da União/RJ (SPU/RJ) poderia ceder o local.

O município garantiu que o imóvel visaria a implantação de políticas públicas na esfera cultural. A SPU/RJ solicitou à prefeitura que prestasse informações sobre a situação do projeto de uso, o município, entretanto, não conseguiu obter a cessão do local por não apresentar documentação necessária.

Na ação, o MPF pede que a União formalize a ocupação das famílias que se encontram no imóvel ou adote alternativas administrativas para desocupação, tomando, assim, providências para a preservação e restauração do local.


O MPF também quer proibir o município de demolir a estação, independentemente de assumir ou não a gestão do espaço. O procurador pede ainda que a prefeitura apresente solução quanto ao direito de moradia dos ocupantes, caso seja necessária a retirada deles para obra, e que o Iphan elabore e apresente um projeto de recuperação da estação às custas da União. (Proc. nº 0000888-83.2003.4.02.5120)

Alberto Marques é Jornalista com mais de 50 anos de carreira e advogado, membro correspondente da Academia de Letras de São João de Meriti (RJ), ganhador dos prêmios "Comunicação" do Lion' Club Internacional de 2007 e 2009/10 e do Forum Cultural da Baixada Fluminense de 2008 e "Destaque de 2009" do Conselho Comunitário de Segrança Pública de Duque de Caxias.

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