terça-feira, 7 de maio de 2013

TODOS NA MESMA LETARGIA

Carlos Gilberto Triel

Na noite de ontem, o ex-prefeito de Nova Iguaçu Lindbergh Farias apareceu na propaganda antecipada ao governo do Rio e, na certa agradou em muito à selva de adeptos e de militantes letárgicos que imaginam que revolução social é distribuir bolsas disso e daquilo.

O senador Cristovam Buarque diz que o país corre sério de ser tomado pela letargia, não somente pelos principais partidos que estão no governo, como os de oposição, que nada mais fazem do que contemplar uma inflação que chega com jeito de deitar de vez em berço esplêndido.  

Ele diz que o povo e suas lideranças precisam compreender que um novo tempo chegou que é preciso ter atitude, e que a corrupção, a desmoralização de valores chegou a tal nível que a própria transferência de renda, o aumento real do salário mínimo, acabará por se tornar causas de inflação.

E que estamos letárgicos diante da aceitação dessas bolsas como instrumento de revolução social, até parece que os brasileiros se beneficiarão desse expediente pela vida afora.

Cristovam Buarque diz que o povo e os nossos lideres estão letárgicos e repete o Brasil de 1500 exportando produtos primários e, há 60 anos permanece sem agregar valores científicos e tecnológicos à sua produção industrial.

E agora essa, em vez de alguém com capacidade para reorientar uma nova gestão, o que nos aparece? O mais estranho ser que já caminhou por nossas praças e ruas, um cabra que se aproveita dessa letargia reinante no país, para dizer que veio a alguma coisa que não fosse o papelão aprontado aqui em Nova Iguaçu.

E esse Lindbergh, dos adulados e sequiosos dum lugar ao sol, não arredou milímetro das palavras do seu marqueteiro, e deixou para Cabral e Pezão, que podem até trazer o argentino Papa Francisco para a campanha, mas aqui no Brasil os bispos Lula e Dilma são somente seus e ainda fazem a diferença.

E a turma das redes sociais segue discutindo politica como se discute futebol, ora arreando bênçãos e oferendas, ora o batuque na cozinha pra mostrar que miséria pouca é bobagem, mas todos seguem juntos na mesma letargia de que a comida nasce é na prateleira do supermercado.

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