Em artigo no final do ano passado no Globo,
o jornalista Chico Góes disse que as Câmaras Municipais, embora próximas aos
eleitores, dentre os poderes do país, são as que menos prestam contas e um dos
mais caros aos cofres públicos.
E que o custo desses Congressinhos ficou em R$ 10 bilhões no ano passado, e poderá passar dos R$ 15 bilhões nesse ano de 2013, com os atuais vereadores, dinheiro equivalente a mais de cinco orçamentos anuais do Ministério da Cultura.
E além de custar caro aos bolsos do cidadão, serve apenas para dizer amém ao prefeito ao se deixar levar por nomeações e cargos de seus indicados, numa relação que compromete sua autoridade de agente fiscalizador eleito pelo povo.
Quem legisla, de fato, é o Executivo. Os prefeitos
compram suas bases por meio da distribuição de cargos e, estamos vendo tudo isso
aqui em Nova Iguaçu com a intenção de cassar o direito adquirido da comunidade
de eleger os diretores de escolas.
É de uma insensatez sem precedentes, imaginar que algum dia nossas instituições venham a produzir pessoas nobres, santas, como pretender que os nossos modelos de estética criem artistas da poesia, escultura ou pintura.
A coisa é tão despudorada que condutas cínicas se impõem como prática normal e legítima de atuação. E não fosse o olhar de lupa duma policial no Facebook, não se saberia que o autor da proposta é funcionário da prefeitura, eleito vereador.
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