Rodrigo Constantino
Todos vimos, chocados, uma turba ensandecida
invadindo agências da Caixa em diferentes estados, após rumores de suspensão do
pagamento do Bolsa Família.
Impressionou o fato de que a maioria ali era
bem nutrida, em perfeitas condições de trabalho em um país com pleno emprego.
Uma das beneficiadas pelo programa, em
entrevista, reclamou que a quantia não era suficiente para comprar uma calça
para sua filha de 16 anos. O valor da calça: trezentos reais!
Talvez seja parte do conceito de “justiça
social” da esquerda progressista garantir que adolescentes tenham roupas de
grife para bailes funk.
Não quero, naturalmente, alegar que todos
aqueles agraciados pelas benesses estatais não precisam delas. Ainda há muita
pobreza no Brasil, ao contrário do que o próprio governo diz, manipulando os
dados.
Mas essa pobreza tem forte ligação com esse modelo de governo inchado,
intervencionista e paternalista.
O melhor programa social que existe chama-se
emprego. Ele garante dignidade ao ser humano, ao contrário de esmolas estatais,
que criam uma perigosa dependência...
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