No
filme O Poderoso Chefão, Michael Corlleone (Al Pacino), que havia acabado de
batizar o sobrinho, diz para o cunhado, minutos antes de matá-lo, que não
ultrajasse sua inteligência negando às acusações de traidor dos negócios da
família.
Não satisfeito com o pensamento eminente
da morte, ainda assim fez questão de dizer à vítima que não admitia ouvir
nenhuma outra mentira, seja por sentir dono do destino dos outros ou mesmo pela
perpetuação dos de sua espécie.
Ora, Michael Corlleone é um mafioso, e tinha
lá os seus métodos nada ortodoxos de resolver a traição dos seus pares e odiava
o pouco caso à sua inteligência. Situação inversa do pacato cidadão que se vê obrigado a suportar a fina nata...
Dos devotos do ex-prefeito Lindbergh
Farias, que visitou Nova Iguaçu na semana passada, e que estão nas redes
sociais para promover o cabra candidato ao governo do Rio com a seguinte
desfaçatez: “O melhor da Baixada está por vir”.
Aqui
em Nova Iguaçu, nenhum exemplo de traição ao povo chegou tão perto se comparado
à vinda desse rapaz aqui pra região. E mesmo assim, pessoas tidas de longe como
sensatas, insistem no pouco caso à inteligência alheia.
Num
mundo cada vez mais ligado a Internet, os liderados de Lindbergh Farias,
comprometidos com ele até ao pescoço, poderiam ser ao menos piedosos com as próximas
vítimas, não subestimando suas inteligências de que “O melhor está por vir”.
Todos
com uma cândida expressão de seriedade, à imagem e semelhança, da divindade
cínica escolhida como padroeiro e, numa só cara de pau, de carona no populismo
do Lula, e sem se darem conta de que estão à desafinar até num simples bater de palmas.
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