sexta-feira, 24 de maio de 2013

O EFEITO LINDBERGH

O cientista político Murilo Aragão diz que a cúpula do PMDB recebeu das lideranças estaduais do partido, algumas mensagens que refletem o humor reinante entre os militantes.

Lembram que o PMDB é um partido de forças regionais que se caracteriza pela diversidade na autonomia de suas lideranças e, que estados como o Rio, Bahia, Ceará e Pará não querem se sacrificar em favor de candidaturas do PT.

E que não houver atendimentos definidos acerca desses e outros estados, o PMDB não hesitará em abandonar o projeto nacional com o PT.

A mensagem exemplifica o governador Sérgio Cabral que deseja fazer do seu vice, o Pezão, o sucessor natural ao governo do Estado, mas que com a insistência da candidatura do senador Lindbergh Farias já ameaça não apoiar a reeleição da presidenta Dilma.

O ex-ministro Gedde Vieira Lima (PMDB-BA), recentemente  afirmou ao portal “Brasil 247” que a atual aliança com PT não é eterna.

Então é preciso que o PT atente aos fundamentos da questão: o PMDB é uma legenda calcada na força dos estados e municípios e, para contar com os peemedebistas é essencial o apoio do PMDB no maior número de estados possível.

E que o Planalto tome ciência para que as insatisfações no PMDB não passem dos limites e que as fissuras não se alarguem nas seções estaduais, para não prejudicar o sucesso político-eleitoral da aliança em torno de Dilma e Temer.

Na votação do MP dos Portos foi visível o desgaste e a relação instável do PMDB com o governo; os parlamentares não se sentem representados nem tampouco atendidos pelo governo. 

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