quarta-feira, 29 de maio de 2013

“QUE PAPELÃO”

Carlos Gilberto Triel

Fizeram os vereadores que votaram contra as eleições dos diretores das escolas municipais. Perderam totalmente o senso de avaliação do que seja delito e traição aos eleitores por uma deliberada cumplicidade mais a frente em nomear seus pares.

A diferença de um vereador como um Eduardo do Doce, por exemplo, para o Mauricio Morais, presidente da Câmara, é o senso das proporções, o primeiro é limitado ao montante de suas responsabilidades e faz o que pode.

Quanto ao segundo, o que não pode e o que não deveria fazer. Ora, se a pernada nos professores foi algo necessário para dominar todo o continente, salvar a pátria dos futuros papas argentinos, que o fizesse, mas sem debochar da inteligência alheia.

O que não pode é sair assobiando com o ar mais inocente do mundo, e depois do singelo bom noite no Facebook à tribo dos esperançosos, postar que “Educação é Tudo” como se todos os professores fossem um bando de otários, e ele o grande mestre.

Ao acessar a página do Eduardo do Doce no Facebook o que menos importa é a gramática. Considere os bons propósitos, como o de limpar um valão assoreado por mais de 10 anos. Para os moradores da Rua Paulo Roberto, isso é o que importa.

O vereador foi eleito para desempenhar esses “bons propósitos” nos quais ele e os seus eleitores acreditam. Reduzir a verdade disso tudo à vaidade de quem se considera saber um pouco mais é se enfileirar num pedantismo preconceituoso.

Mas, toda essa indulgência vai até a página 1, sobretudo, após a participação patética no balcão de tretas da Câmara. Daí, pelas gozações que lhes são feitas por escorregar na gramática, creio então que votou contra os professores apenas por birra infantil. 

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