quarta-feira, 15 de maio de 2013

A CRENÇA E A CONDUTA

Carlos Gilberto Triel

No filme nacional Chuvas de Verão de 1978, o casal de idosos protagonistas deita-se para o sexo. À época, a cena chocou muito mais os acima dos 30 anos que saíram do cinema, do que propriamente os jovens que não deram à mínima.

A causalidade não é o velho pelo novo, ter 30 e 50 anos hoje, não fará a menor diferença nos próximos 10 anos. A mulher ou o homem de 40 estarão no mesmo patamar geriátrico dos que chegaram aos 60. E para o jovem serão simplesmente 2 coroas.

Com a morte de Steve Jobs, algumas frases de efeito atribuídas a ele conceituaram-se como geniais. Senão vejamos: “A morte é provavelmente a melhor invenção da vida. É o agente de mudança. Tira o velho do caminho para dar lugar ao novo”.

Que perigo! Já pensou, com tanto maluco por aí, um xiita da vida inconformado com o sexo ou a condição social em que nasceram, decida acelerar o processo de mudança e saia a exterminar velhinhos acima de 30 anos?

Da igrejinha mais modesta ao Senado da República, nada do que se diz se escreve e, por baixo das mensagens se esconde quase sempre interesses, traumas sexuais, desvios de condutas, avidez pelo dinheiro, que vêm a ser tudo a mesma insatisfação.

São os vereadores daqui, entre os 30 e 70 anos, na crença e na conduta para cassar o direito de o povo eleger os diretores de escola. Podem ampliar até dez vezes o volume histérico de suas vozes, suas ações politiqueiras e inconfessáveis falarão sempre mais altas.

Como a de mudar a regra do jogo em vez de aperfeiçoar dispositivos em torno dos Conselhos de Educação e de Pais e Filhos para que atuações eficazes não deixem cair à qualidade de gestão; a causalidade passa por essa razão.

E que não é preciso passar 10 anos para que os Babys da Câmara e do Paço envelheçam e, se juntem ao mesmo patamar do velho Chambarelli cevado por anos de prefeitura, e ponham os pés pelas mãos crentes de que ainda são tão jovens.


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