sábado, 20 de dezembro de 2014

PREFEITO NÃO QUER TURISTA POBRE EM SUA CIDADE

Quando você pensa que viu e ouviu de tudo, vem essa agora do balneário de Guarapari, Espírito Santo, através do próprio prefeito da cidade, o Orly Gomes:

- “Precisamos de pessoas que venham com dinheiro para gastar. Seria melhor ter 100 mil turistas que gastassem R$ 200 por dia do que 1 milhão gastando apenas R$ 40 por dia”

E se o turista não tem condição de gastar R$ 200 por dia não será bem recebido em Guarapari, destino de milhares de pessoas, principalmente mineiros, que escolhem o balneário para passar as férias de verão.

E o prefeito não se faz de rogado, vai cobrar sim, taxas das empresas de ônibus e dos proprietários que alugam suas casas para “qualificar’ e dificultar a entrada de turistas com “menor” poder aquisitivo”.

Alega que as medidas são necessárias para justificar os investimentos feitos na cidade pelo poder público e pela própria iniciativa privada.

Gomes resalta que turistas que gastam menos de R$ 200 por dia na cidade não são capazes de fomentar restaurantes, bares e hotéis e ainda causam transtornos aos visitantes mais “qualificados”.

Questionado se as medidas polêmicas não podem afastar os turistas da cidade e até gerar processos, o prefeito diz que outros estâncias usam de expedientes semelhantes para normatizar o turismo nas cidades.

Segundo ele, o turista “qualificado” não pode ser prejudicado em função daquele que gera apenas excesso de lixo, aumento no consumo de água e estrangulamento no transporte público.

“Não quero só turista rico. Quero turista que gere receita. Para que a cidade sobreviva, preciso de um turista que gere renda”, reclama.

O prefeito acredita que a cidade receberá, entre o Natal e o carnaval do próximo ano, mais de 1 milhão de turistas.

“Tem turista que traz até botijão de gás, pacote de macarrão e recolhe latinha de cerveja para vender, aí é bagunçar geral”.

E acrescenta:

“Em uma casa que cabem 10 pessoas, ficam até 30. É isso que causa a falta de água, o excesso de lixo. Por isso, temos de normatizar a atividade turística na cidade”.

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