Quando você pensa que viu e ouviu de tudo, vem essa agora do balneário de Guarapari, Espírito Santo, através do próprio
prefeito da cidade, o Orly Gomes:
- “Precisamos de pessoas que venham com
dinheiro para gastar. Seria melhor ter 100 mil turistas que gastassem R$ 200
por dia do que 1 milhão gastando apenas R$ 40 por dia”
E se o turista não tem condição de
gastar R$ 200 por dia não será bem recebido em Guarapari, destino de milhares
de pessoas, principalmente mineiros, que escolhem o balneário para passar as
férias de verão.
E o prefeito não se faz de rogado, vai cobrar sim,
taxas das empresas de ônibus e dos proprietários que alugam suas casas para “qualificar’
e dificultar a entrada de turistas com “menor” poder aquisitivo”.
Alega que as medidas são necessárias
para justificar os investimentos feitos na cidade pelo poder público e pela
própria iniciativa privada.
Gomes resalta que turistas que
gastam menos de R$ 200 por dia na cidade não são capazes de fomentar
restaurantes, bares e hotéis e ainda causam transtornos aos visitantes mais
“qualificados”.
Questionado se as medidas polêmicas não
podem afastar os turistas da cidade e até gerar processos, o prefeito diz que
outros estâncias usam de expedientes semelhantes para normatizar o turismo nas
cidades.
Segundo ele, o turista “qualificado”
não pode ser prejudicado em função daquele que gera apenas excesso de lixo,
aumento no consumo de água e estrangulamento no transporte público.
“Não quero só turista rico. Quero
turista que gere receita. Para que a cidade sobreviva, preciso de um turista
que gere renda”, reclama.
O prefeito acredita que a cidade receberá,
entre o Natal e o carnaval do próximo ano, mais de 1 milhão de turistas.
“Tem turista que traz até botijão de
gás, pacote de macarrão e recolhe latinha de cerveja para vender, aí é bagunçar
geral”.
E acrescenta:
“Em uma casa que cabem 10 pessoas,
ficam até 30. É isso que causa a falta de água, o excesso de lixo. Por isso,
temos de normatizar a atividade turística na cidade”.
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