terça-feira, 23 de setembro de 2014

COMO ESCOLHER UM BOM CANDIDATO

Por Alex Sandro Aragão Santos

Quando esta semana chegar ao fim, estaremos a oito dias das eleições. Para aqueles que ainda não definiram os seus votos, é o momento de fazer as suas escolhas, ou, democraticamente, firmar a sua convicção de que deve votar nulo ou em branco.

É evidente o descrédito que a classe política tem com a sociedade em geral. Com certeza, isto se deve aos muitos escândalos divulgados, principalmente através da imprensa. Mas será que a maior parte dos políticos não presta, ou o alcance dos maus atos de poucos é muito maior do que as boas ações da maioria?

Se nos dermos ao trabalho de pesquisar na Internet quantos foram os “maus políticos” envolvidos em escândalos e comparar este número com o total de políticos do país (em 2012, segundo a Confederação Nacional dos Municípios, foram eleitos 56.810 vereadores em todo o país, que devem ser somados aos deputados, senadores, prefeitos, governadores e etc), chegará à mesma conclusão que cheguei: 

- existem maus políticos assim como existem maus médicos, maus advogados e maus pedreiros, por exemplo. Porque, em minha opinião, isto depende da índole da pessoa, e não da sua profissão.

Partindo-se do princípio de que “quando os bons se omitem os maus prevalecem”, não compartilho do pensamento de algumas pessoas que dizem “votar em qualquer um”, e muito menos daqueles que cometem o crime de vender o seu voto. E isto não é força de expressão. Vender o voto é crime federal, e pode acabar com o futuro de um jovem.

Quem vota em qualquer um não pode reclamar depois, e quem vende o seu voto não pode cobrar nada, pois, ao fazer um negócio, fez a sua parte votando e o candidato fez a sua pagando, assim, estão quites, e não cabe mais qualquer cobrança. Então, como escolher um bom candidato, se tantos se apresentam pedindo seu voto?

Para responder a esta pergunta, devemos lembrar que um membro do Poder Legislativo (vereador, deputado e senador) tem como uma de suas funções representar a população, fazendo com que as suas demandas cheguem ao Poder Executivo (prefeito, governador e presidente), que é quem efetivamente tem a atribuição de atendê-las. 

Assim, se você vai eleger alguém para representá-lo, o principal requisito, em minha opinião, é que esta pessoa seja facilmente acessível para seus pedidos e também para suas cobranças. 

E em relação àqueles que devem transformar suas expectativas em realidade, a nossa escolha deve levar em conta o que foi feito por quem já esteve lá e as promessas de quem ainda quer chegar.

E se, durante o mandato dos seus representantes, você não for correspondido em suas expectativas, terá todo direito de, na eleição seguinte, não apenas negar-lhes o voto, mas também fazer propaganda contrária a eles. 

E não esqueçam: “não é a política quem faz o candidato virar ladrão; é o SEU voto que faz o ladrão virar político.


Alex Sandro Aragão Santos é Consultor Legislativo, palestrante e servidor da Câmara Municipal de Nova Iguaçu.
Facebook: alex aragão
E-mail: aragaoalexsandro@gmail.com

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