sábado, 20 de setembro de 2014

TÍTULO DE CIDADÃO NITEROIENSE A SILAS MALAFAIA GERA PROTESTO

Título de cidadão niteroiense foi cedido ao líder religioso Silas Malafaia na Camara dos Vereados provocando indignação entre movimentos LGBT que protestaram no local

Após horas de atraso e em meio a gritos de manifestantes, o pastor líder da Igreja Assembleia de Deus recebeu da Câmara de Vereadores de Niterói, em nome do pastor Silas Malafaia, que não compareceu, o título de cidadão niteroiense. 

A solenidade, que ocorreria no plenário, precisou ser feita na sala da presidência, devido à ação de manifestantes que protestavam defendendo direitos igualitários.

Cerca de 25 pessoas, munidas de cartazes com palavras de ordem como: ‘fora Malafaia’, ‘Malafaia não me representa’ e ‘Malafaia aceita que dói menos’, participaram na manhã desta sexta-feira do protesto na porta da Câmara Municipal. 

O título foi oferecido pelo vereador Pastor Ronaldo, depois de aprovado por 10 a favor a 8 contrários no plenário. 

“Defendo a causa LGBT há sete anos e não concordo com esse prêmio. Ele [Malafaia] incita o ódio contra os gays. Estou aqui hoje para mostrar a ele que não somos vermes igual fala”, condenou a publicitária Caroline Moreira, de 24 anos, uma das manifestantes.

Antes do início da cerimônia houve princípio de confusão. Segundo manifestantes, pessoas que se diziam funcionários da Câmara impediam a entrada deles no prédio. A Polícia Militar foi chamada e precisou intervir. “Essas pessoas não estão nos deixando entrar e não dão explicação alguma. 

Ele [Malafaia] não tem uma relevância com trabalho para ser homenageado aqui em Niterói”, criticou outro manifestante, o estudante Jonas Sant’anna, de 23 anos.

Após minutos de discussão, mediados pela PM, entre o poder público e os manifestantes – alguns homens vestidos como mulheres e usando batom em sinal de protesto, foi autorizada a entrada de todos no plenário da Câmara. 

Porém, a solenidade já havia sido transferida para a sala da Presidência, onde manifestantes não tiveram acesso.



Fonte O Fluminense



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