quinta-feira, 21 de agosto de 2014

ELEIÇÃO NO RIO EM 2º TURNO: DISPUTA ELEITORAL DEVE FICAR ENTRE PASSADO E PRESENTE

Por Gustavo Matheus

Ainda há tempo suficiente para algumas surpresas na eleição governo do Estado, mas o prognóstico deve ser mesmo o já antes mencionado. 

Com os números que se apresentam nas pesquisas, tanto nas intenções de voto quanto na rejeição dos candidatos, o segundo turno é inevitável. E os dois candidatos mais cacifados para a disputa são o ex-governador Garotinho (PR) e o atual governador Pezão (PMDB).

Embora o deputado tenha a maior rejeição, lidera as pesquisas com certa folga. Além disso, seus votos, assim como sua rejeição, são consolidados. Ou seja, ele não ganha, mas também não perde votos. Pezão, por outro lado, é o candidato que mais cresceu nas pesquisas e conta com o apoio da máquina. 

São vários prefeitos “remando” para o governador. Dificilmente ele não estará no segundo turno. Aliás, se tem alguém com passaporte carimbado é ele.

A situação de Lindberg é delicada. O petista não emplacou. Isolado, sem o apoio de Dilma e Lula, o Lindinho não recebe afagos nem mesmo do Romário (PSB), senador em sua chapa. Embora se espere um crescimento com a entrada do horário eleitoral, com a TV, onde o senador já mostrou que cresce, esse crescimento pode não ser o suficiente. Lindberg está estagnado nas pesquisas. 

Situação inversa vive o outro senador na disputa, o Crivella. Largando bem nas pesquisas, Crivella, hoje, é quem mais perdeu pontos percentuais. 

É o verdadeiro cavalo paraguaio da corrida eleitoral.
Mas, num provável segundo turno, tudo indica que Garotinho fique isolado, sem os apoios dos demais candidatos, que devem seguir Pezão (máquina).

Ainda é cedo para qualquer prognóstico, mas, ao que tudo indica, os números e projeções parecem desenhar um confronto entre passado e presente. O futuro, como sempre, deve ficar em segundo plano.


Gustavo Matheus é jornalista/A Folha

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