sexta-feira, 9 de maio de 2014

OS SABIDOS INOCENTES

Márcio Coimbra, professor de direito constitucional e internacional do Centro Universitário de Brasília, em seu artigo “O Centro e A Política”, diz que um dos maiores problemas da política americana é a distância que separam republicanos e democratas.

E que qualquer manifestação de entendimento ou convergência entre os lados passou a ser considerada uma traição e, isso contaminou de tal forma a política partidária que hoje os EUA estão com a agenda paralisada e a sociedade americana prejudicada.

E que o Brasil se contaminou por igual radicalismo, quem for favorável às inovações trazidas por FHC são considerados inimigos do PT e, por outro lado, qualquer análise que reconheça as realizações dos governos Lula e Dilma transforma o caboclo em socialista.

E que acusações de ambas as partes mostram como o Brasil vai de mal a pior, com uma educação precária e o nível de discursão ao chão, à política se transformou numa discursão de futebol e, a ciência política que deveria prevalecer nos debates se enveredou em risinhos despeitados entre ambos os lados.

O professor diz que a história política do Brasil mostra que o brasileiro é naturalmente centrista, os brasileiros tendem a escolher invariavelmente o caminho do meio. E os grandes Presidentes foram conciliadores, por exemplo, JK.

E não é a toa que o partido que recebe mais votos no país hoje é o centrista PMDB, comanda o maior número de prefeituras, elege mais vereadores, dirige a Câmara e o Senado.

E que não é por acaso que Gilberto Kassab soube interpretar a tendência do eleitor e criou o PSD, também de centro e, possuem 133 deputados e dominam a Câmara dos Deputados.

Coimbra fala do que já virou uma máxima nos corredores do Congresso: 

- "Não importa quem vença as eleições, Romero Jucá será o líder do governo. Foi assim com FHC, Lula e Dilma. Isto quer dizer que independente de sermos governados pelo PSDB ou PT (ou talvez PSB), quem manterá a governabilidade é o PMDB e agora também o PSD". 

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