Por Imprensa de Nova Iguaçu
Cerca de 100 profissionais de saúde,
assistência social, estudantes, além de usuários da rede de saúde mental do
município e familiares se reuniram no I Fórum de Saúde Mental deste ano,
debatendo o tema “Caps, O que é?”.
O encontro é o primeiro de uma série de
quatro reuniões que têm o objetivo de integrar os profissionais envolvidos no
acompanhamento de pessoas que sofrem de transtornos mentais, além de aprimorar
os conhecimentos destes colaboradores.
Um dos pontos abordados na reunião foi
a implantação da lei federal nº 10.216, de 2001, que determinou ao Estado a
criação de mecanismos mais eficazes para o tratamento de saúde mental.
Em 2002,
a portaria 336 determinou a implantação dos Centros de Atenção Psicossocial
(Caps), onde é feito atendimento clínico e a reinserção social dos usuários,
por exemplo, com oficinas culturais e de lazer.
A partir disso, em todo o país
foi criada uma nova rede de atenção à saúde mental, composta pelas residências
terapêuticas, ambulatórios e leitos hospitalares.
"No ano passado, quando eu cheguei
ao Caps, logo depois da perda de minha única filha. Eu estava disposto a
morrer, mas graças a Deus no primeiro atendimento eu percebi que não seria
tratado a base de choques e violência. Eles me acolheram de verdade e hoje
voltei a trabalhar, minha vida mudou", comemora Noel Ferreira, 46 anos,
usuário do Caps AD Vanderlei Marins.
"Temos buscado a melhoria dos
serviços voltados para os pacientes que sofrem de transtornos mentais e isso
passa pela reestruturação dos equipamentos de saúde que atendem essas pessoas.
Ano passado conseguimos inaugurar a emergência psiquiátrca, em Austin e com
isso, os pacientes que chegam em crise podem ser atendidos com dignidade",
explicou o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu Luiz Antônio Teixeira
Júnior.
Na emergência de Austin funcionam cinco
enfermarias, cada uma delas com dois leitos e uma sala de convivência, na qual
o paciente tem todo o atendimento necessário com uma equipe formada por
psiquiatra, psicólogo, assistente social, enfermeiro e técnico em enfermagem.
Além desta emergência, a população de Nova Iguaçu que sofre com transtornos
mentais conta com três CAPS, um deles voltado especificamente para crianças e
adolescentes. Nestes espaços, os usuários são acompanhados por profissionais e
participam de oficinas. A cidade conta também com seis residências
terapêuticas, duas delas inauguradas pela atual gestão.
A superintendente de Saúde Mental de
Nova Iguaçu Ana Lúcia Borges comemorou o resultado do Fórum. "A criação do
Caps é um avanço e ouvir depoimentos como o do usuário Noel nos faz ter certeza
de que estamos no caminho certo. Caps é isso, é cuidar com amor", disse.
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