O governador Sérgio Cabral havia
decidido sair no início de abril e passar o cargo para Pezão, seu vice e
candidato a governador.
Mas a atual crise, com ações
terroristas de traficantes sobre as UPPs, recolocou essa decisão para avaliação
dele e seu entorno.
Sair nesse momento, em plena ofensiva
dos traficantes contra as UPPs, passará a ideia de fujão. Se sua imagem está
estilhaçada, ficará quebrada de vez.
Afinal, não haveria como explicar seu
pedido de ajuda de forças policiais e militares federais e simultaneamente sair
fora e jogar a granada política no colo de seu vice e candidato Pezão.
Seus auxiliares mais íntimos já estavam
com suas atividades pós-Cabral em programação.
O vice Pezão desenvolveu uma imagem de
bonachão e tocador de obras. Como faria agora para ajustar essa imagem e passar
a de durão?
Afinal, o quadro atual não tem solução
em poucos meses e as ações repressivas serão inevitáveis. Isso tudo com a Copa
do Mundo no meio.
Uma cidade ocupada militarmente para a
Copa só faz sinalizar a crise na segurança pública. Isso no coração da
comunicação de Cabral, que eram/são as UPPs.
Fonte: Do ex-Blog de César Maia
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