Cabral Nega ter dado apoio a Alckmin para captação
de água do Rio Paraíba
Por Alexandre Bastos
O governador do Rio, Sérgio Cabral, negou na noite
desta quarta-feira que já tenha dado seu apoio para a proposta do governo de
São Paulo para captar água no Rio Paraíba do Sul.
Em nota, a assessoria do governador esclareceu que
Cabral solicitou um parecer ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e ao
secretário do Ambiente, Indio da Costa, “uma vez que se trata de demanda que
exige análise técnica”.
Mais cedo, o governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin (PSDB), disse que conversou nesta quarta-feira com Cabral e o
governador de Minas, Antônio Anastasia, para explicar a proposta e que teve o
apoio deles. “Mas é claro”, respondeu o governador paulista, quando perguntado
se havia convencido principalmente Cabral da proposta.
O Rio usa parte da água do Rio Paraíba do Sul para
o abastecimento do estado. Portanto, o anúncio da proposta de São Paulo de
fazer uma obra para que, em situações de emergência, água do Paraíba do Sul
seja transferida para represas de São Paulo já causou reações desfavoráveis no
estado e preocupações sobre falta de água em municípios fluminenses.
Alckmin explicou que, atualmente, o Rio de Janeiro
capta 119 metros cúbicos de água por segundo do rio Paraíba do Sul. São Paulo,
segundo ele, captaria cinco metros cúbicos por segundo, e apenas em situações
de crise de abastecimento.
Apesar da situação crítica de abastecimento neste
ano na região metropolitana paulista – o sistema Cantareira está com 14,7% da
sua capacidade -, Alckmin explicou que a solução usando o Rio Paraíba do Sul
seria apenas para enfrentar problemas de desabastecimento a partir de 2015.
A obra levaria 14 meses e custaria cerca de R$ 500
milhões. Ele tratou a medida como preventiva e necessária para o futuro do
abastecimento do estado.
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