terça-feira, 22 de outubro de 2013

A PÁ DE CAL

Carlos Gilberto Triel

Em agosto de 1945, o presidente americano Harry Truman sabia que o Japão se renderia em menos de duas semanas, tamanho o estrago que os russos fizera com o seu exército alguns dias antes.

Não quis esperar e jogou em cima das cidades de Hiroshima e Nagasaki a pá de cal: duas bombas atômicas.

E não só justificou ao Congresso do seu país o alto custo de sua fabricação, como mostrou ao mundo quem nele mandaria até 11 de setembro de 2001.

Sérgio Cabral com o sucesso das UPPs tinha plena certeza que sua sobrevida política se daria muito além das eleições de 2014 e, saiu pelo mundo a se exibir que mandava no Rio de Janeiro sem precisar dar um só tiro.

Trumam morreria em 1972 sem responder pelos crimes de guerra. Cabral ainda em julgamento se agarra nos prefeitos da Baixada e, em final de mandato, promete um canteiro de obras exatamente na região que por sua culpa explode em violência.

Bornier sabe que Cabral não é o futuro, Pezão idem e trata de pegar o que for possível dos escombros, correndo sério risco de ter todas as promessas iniciadas e paralisadas caso o governador desabe de vez.

Com 2013 jogado fora, sem projeto consistente de governo para o próximo ano, com uma articulação político-social capenga em sua base adestrada, o prefeito aposta tudo, logo naquele que assim como o Japão de 1945, aguarda tão somente a pá de cal.

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