O jornal Hora H estampa em sua primeira página que parlamentares viajam para Foz do Iguaçu e fazem a maior farra com o dinheiro da Câmara dos Vereadores.
E, nas redes sociais foi preciso que o jornalista Raul Furtado dos Reis partilhasse a reportagem com seus amigos para que o público do Facebook tomasse conhecimento.
É como se tudo isso fosse natural, assim como no dia
14 de julho de 1958, em que ocorreu um dos mais horrendos crimes do Brasil. Em
Copacabana, aqui no Rio de Janeiro, por volta das 9 da noite, um corpo cai na
Av. Atlântica em frente ao edifício n3.388. O corpo era de Aída Curi,uma
mocinha de 18 anos.
Aída Curi fora vítima de uma curra, por um grupo de jovens, uma prática criminosa na época, em que a pessoa é atraída por outro propósito a determinado local, e é estuprada por um grupo de delinquentes. Estupraram a moça e jogaram seu corpo, ainda vivo, de um apartamento do 12 andar.
A violência sexual era prática frequente na Zona Sul do Rio de Janeiro. A ideia de jogar uma pessoa viva do alto de um prédio revoltou a opinião publica do Brasil e do exterior. Falou-se naquele tempo de que, os familiares dos assassinos eram todos
figurões do governo, militares e da policia.
Ronaldo Guilherme de Souza Castro, principal acusado do estupro e de ter jogado a garota do 12 andar, foi absolvido pelo juiz. Quando a notícia chegou em São Paulo, rapazes e moças que dançavam rock’n’roll gritaram o nome de Ronaldo, Ronaldo! E a partir dali o assassino ganhou status de ídolo da juventude.
Estou desenterrando esse caso com o seguinte propósito: É preciso ter cuidado com a versão de qualquer fato. Imagine um país afundado em denúncias de corrupção e, um jornal estampa a mais corriqueira pratica de malversação de dinheiro público e, simplesmente não acontece nada.
Ou esse caso do passado em que um suposto assassino depois de estuprar e jogar uma menina ainda viva do alto de um prédio, tem seu nome ovacionado como se fosse um ídolo ou coisa parecida... Corrupção também é questão de segurança nacional.
Como esse aqui da nossa terrinha, que embora não seja um crime bárbaro, a legalidade não admite prerrogativas e muito menos tratamentos diferenciados.
Porque só falta na semana que vem, depararmos com as fotos emolduradas desses caixeiros viajantes no próprio Facebook, com todo o seu staff comentando, partilhando, chamando feioso de lindo, gosto disso, bom dia vereador, fez boa viagem?
E outras idiossincrasias próprias do Facebook.
Caro Triél.
ResponderExcluirMe assusta o silêncio do povo. Esta viagem para terras tupiniquim é inferior a que fez Dilma para Roma.Os bilhões da copa e olimpíadas, desaguam pelo ralo.Os prédios para miseráveis, desmonta antes da mudança.Os hospitais fecham, Feliciano esta feliz com sua presidência.Condenados por metade do código penal assumem a CCJ, com festa em Brasilia.Falcatruas, improbidade, roubos de todos os nomes.Lulinha para orgulho do papai, torna-se milionário, como guarda de zoológico.Nos falta pouco para ser-mos um país sério, falta apenas educação, educação e educação de qualidade.