Por Reinaldo Azevedo
O Rio de Janeiro prova que a realidade
pode ser ainda pior do que a expectativa e, como diria Camões em “Os Lusíadas”,
que “o dano pode ser maior do que o perigo”.
Anthony Garotinho (PR), conforme o
esperado, foi se desidratando ao longo da campanha, e a rejeição a seu
pensamento e a seus métodos se encarregou de lhe dar o devido tamanho.
Luiz
Fernando Pezão (PMDB), atual governador, chega ao primeiro turno com 40,57% dos
votos válidos. É mais do que lhe dava o Datafolha na reta final: 36%. Seu
adversário será Marcelo Crivella (PRB), e o instituto previu que isso era
possível: ele obteve 20,26% (o instituto lhe atribuía 22%). Garotinho, sim,
ficou bem abaixo do que colheu a pesquisa: 19,73% contra 25%.
Pois é… Qual é o busílis? Esse
Datafolha que errou e acertou afirmou, no sábado, que, num eventual segundo
turno entre Pezão e Crivella, o candidato do PMDB marcaria 51% contra 49% do
adversário — um empate técnico.
Crivella tinha dois minutos no horário
eleitoral contra quase 12 minutos de Pezão. Boa parte do eleitorado de
Garotinho, como é presumível, tende, sim, a se deslocar para as hostes do
sobrinho de Edir Macedo, o dono da Igreja Universal do Reino de Deus.
Todo cuidado é pouco! O Rio pode ser o
primeiro estado a ser capturado por uma estrutura que mistura política,
religião e negócios — fusão que a democracia deve repudiar.
Por favor, povo fluminense! Já houve
senso de humor o bastante em fazer de Romário — e sua penca de processos — um
senador da República.
Reitero o meu convite para que, ao menos, ele passe a
deixar em paz seus vizinhos, não é? Afinal, é agora um Varão de Plutarco da
República!
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