sexta-feira, 18 de julho de 2014

MORRE O ESCRITOR JOÃO UBALDO RIBEIRO

O escritor João Ubaldo Ribeiro, de 73 anos, 7º ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras, morreu em casa na madrugada desta sexta-feira, no Leblon.

De acordo com a assessoria de Ubaldo Ribeiro, o escritor foi vítima de embolia pulmonar. Ele sentiu falta de ar durante a noite. Berenice de Carvalho Batella Ribeiro, mulher do autor, e Chica, uma de suas filhas, tentaram pedir ajuda médica, mas não houve tempo para socorrê-lo.

Autor de clássicos da literatura brasileira como “Sargento Getúlio” e “Viva o povo brasileiro”, Ubaldo Ribeiro recebeu o Prêmio Camões, maior honraria da literatura em língua portuguesa, em 2008. Ele foi eleito para a ABL em 1993 para ocupar a cadeira número 34, em sucessão de Carlos Castello Branco.

João Ubaldo Ribeiro é um dos autores brasileiros mais traduzidos no exterior. Seus livros já receberam traduções nos seguintes idiomas: alemão, dinamarquês, espanhol, finlandês, francês, holandês, hebraico, inglês, italiano, esloveno, norueguês e sueco.

João Ubaldo Osório Pimentel Ribeiro na ilha de Itaparica, na Bahia, em 23 de janeiro de 1941. Ele foi criado até os 11 anos no estado do Sergipe, onde seu pai trabalhava como professor e político. Antes de voltar para Itaparica, o escritor passou um ano em Lisboa e um ano no Rio de Janeiro.

Formado em direito pela Universidade da Bahia em 1962, Ubaldo Ribeiro jamais advogou. Ele fez pós-graduação em Administração Pública pela mesma instituição e mestrado de Administração Pública e Ciência Política pela Universidade da Califórnia do Sul, nos EUA.


Seu primeiro emprego foi como jornalista no Jornal da Bahia. Em entrevista ao GLOBO em junho de 2012, ele comentou sobre a atividade. 

— O jornalismo me deu os macetes e recursos redacionais a que sua prática leva, bem como o senso de disciplina para não “furar a pauta”, qualquer que seja ela, e escrever mesmo quando não se está disposto. E, entre os escritores brasileiros, grande número deles, ou a maior parte, é e tem sido de jornalistas. Pessoalmente tenho orgulho disso.


Fonte O Globo

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