segunda-feira, 10 de junho de 2013

OS NÚMEROS DO FAZ DE CONTA

Carlos Gilberto Triel

Dias desses, a jornalista Zezé Reis do Jornal Okey desabafou sobre os que estão aprontando nas audiências de suas páginas virtuais. As distorções são tão extravagantes que as pessoas já estão persuadidas que agir assim é tudo muito natural.

Quando o sujeito diz que o seu site ou blog conquistou um, dois, três milhões de acessos em tão pouco tempo de existência, revela com suas próprias palavras que em aritmética não passou do primário, se é que um dia esteve lá.

O senso das proporções vale, ou deveria valer para o mentiroso contumaz como régua de embuste. Ao mentir sem um mínimo de lógica, o caboclo acaba por ofender seu(s) interlocutor (es) pela pretensão em achar que alguém acredita em sua mentira.

O Hospital da Posse é outro exemplo de distorção no atendimento ao público e, embora não escreva em sua página na Internet o que realmente se passa, seu balcão de informações é um festival de contradições.

Alcyr Maihoní decidiu ir checar às denúncias da amiga Vera Capela de que o HGNI não têm pediatras. A desfaçatez de que “não é bem assim” que a atendente ousou lhe impingir como resposta, foi patética e irresponsável.  

Quando um Hospital permite o uso de escapismos idiotas para justificar faltas de médicos no Plantão; ou o gestor é outro iludido que acha tudo isso coisa natural, ou então perdeu o gosto da seriedade apregoada no dia de sua posse.

Omitir sobre a falta de pediatras prolongando o atendimento as crianças está errado. Se não tem médico que se fale a verdade e deem a chance aos pais de procurarem socorro em outro hospital, o que não pode é cozinhar o paciente em “banho-maria”.

Não sendo esse o caso, que fique atento a esses sintomas de “engabelar” os que procuram informações de atendimento no Hospital da Posse. Condutas dessa espécie só se proliferam quando o faz de conta passou a ser regra geral.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário