Carlos Gilberto Triel
No filme Tempos Modernos, o Carlitos sai
à rua e pega a bandeira que cai de um carro e, corre na simples intenção de
devolvê-la. Os comunistas e a polícia acham que ele é o destemido que se lança
de peito aberto, e correm atrás do líder.
De repente, o Brasil das Marchas para
Jesus e das Passeatas Gays sai às ruas para protestar no primeiro momento
contra o que é deixado de troco ao cobrador, para depois toda a poesia dos
versos de que com esse país não dá mais para segurar.
Quantos não dariam para ser
reverenciados como nos tempos das Diretas Já ou dos Caras Pintadas? Mas cadê
coragem para isso. São dependentes de tudo que aí está desde as verbas midiáticas
às subvenções à lei Rouanet e similares.
É um país em que cada um quer se
arrumar da melhor forma, são doutores vocacionados pelo e para a estatização do
próprio emprego e, até jornalistas que sonham com a regulagem da profissão para
serem subsidiados pelo poder público.
E os artistas? Sempre a reinventar um
jeito novo de aparecer e, que até então encolhidos, quietinhos cada qual em seu
canto, mas por verem tantas câmeras, já se pronunciam em pedidos de desculpas como
fez o Jabour, por ser omisso ou falastrão.
Tanto na TV como no Facebook centenas de
Carlitos às avessas estão a correr atrás da oportuna promoção, alguns se maquiam
e se macaqueiam numa imitação às vitimas de tiros de spray e bola de borracha,
num patético remake dos Lindberghs da vida.
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