Carlos Gilberto Triel
A declaração do Cabral que o seu
inferno é uma conspiração internacional, lembra os melhores momentos dos personagens politicos como Odorico Paraguaçu de Dias Gomes, o Justo Verissimo
do Chico Anísio e Jânio Quadros do povo de São Paulo.
Por tudo que passa o governador, o
primeiro e único que se lembrou dos favelados; aquele que fez policia expulsar
traficante e, contrariando a elite do asfalto pôs bondinhos iguais aos do Pão
de Açúcar pra levar a rapaziada ao samba e ao funk.
As fotos junto a Cavendish e Cia é coisa da oposição, ódio contra o sujeito comum, pobretão, que se ascende ao Governo e, em Paris embriaga-se de Pernod-Ricard, e vez ou outra, não é sempre, dá uma reboladinha na garrafa, mas, com todo o respeito.
Mas, o quê que foi aquilo da primeira dama? Não é por dar gorjeta aos europeus falidos, que se pode tirar onda com os caras exibindo sapatinhos Christian Loubotin, bagatela de 10 mil reais. Afinal, não é nada humilde por quem foi recebida por Bento XVI.
Nada disso é novidade, mas o fato novo é que se trata daquele que foi altamente generoso na distribuição de verbas publicitárias aos veículos de mídia que, agora vira-lhes às costas, não dá mais para segurar, a malandragem marcou bobeira e, paciência, é o Judas da vez.
Logo ele, cabeça feita, cobra-criada
nas mais altas rodas que numa das visitas ao morro do Alemão com o Lula, já havia chamado de otário um garoto que ousou interpela-los, exatamente quando mostrava o velho mundo novo ao presidente.
Na verdade, não é fácil se enriquecer na velocidade de luz, e como diz a
Cidinha, tem garotinho incompetente até pra roubar. O fato é que o governador que melhor soube equilibrar a contas publicas e enfrentar a bandidagem, vacilou
ao se deixar filmar, e aí deu no que deu.