quinta-feira, 14 de maio de 2015

“LIÇÕES DO PASSADO”

Não é preciso muito para perceber a impaciência do cidadão quando os poderes públicos cerceiam sua liberdade de ir e vir.

Tão simples e natural, que a maioria dos prefeitos, secretários e assessores não dão a devida atenção, talvez por se acharem soberanos, sabe, aquela coisa do faço e aconteço.

No governo da prefeita Sheila Gama alguns pretensos lideres comunitários, políticos e religiosos solicitavam para suas festas, reuniões ou mesmo cultos ao ar livre, à interdição de ruas a pretexto de que aquilo era fundamental para a realização dos seus eventos.

Sem discutir o mérito, o burocrata pegava seu dourado carimbo de Diretor de Trânsito e tascava “APROVADO” no requerimento.

Então, de salvo conduto pra começar lá pelas 8 da noite, logo assim que clareava o dia, o festeiro ou abençoado miliciano já interditava a rua principal do bairro na marra e, coitado de quem ousasse reclamar.

   OS INCOMODADOS QUE MUDEM DE LUGAR

E os moradores que nada tinham a ver com aquilo obrigados a se curvar diante de tamanha prepotência ficavam de bico calado, impotentes diante da afronta, e com medo de represália, alguns mudavam do bairro.

Essa raiva silenciosa contra esse poder localizado que impede o sujeito de transitar na própria rua acaba se estendendo para o descontentamento com toda a administração municipal.

Não foi a toa que candidatos que usaram desse expediente, sobretudo, os religiosos, se danaram nas últimas eleições.

Com Bornier não é diferente, qualquer caboclo que se diga líder de uma ou outra comunidade, em comum acordo com o vereador da região, faz o que quer do espaço público e dos seus acessos da maneira que lhe convém.

O Conselho de Segurança Municipal que se reúne para debater a obviedade de sua razão de existir poderia pautar situações como essa, talvez assim pudesse ao menos mostrar ao que veio

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