sexta-feira, 16 de setembro de 2022

AOS QUE VIRARAM AS COSTAS À LIBERDADE

O arquiteto e escritor Percival Puggina em seu artigo “Depois do 7 de setembro” falou que poucas expressões resumem tão bem os episódios dessa memorável data quanto a dos leitores cujos comentários eram expressos em apenas duas palavras: “Foi lindo!”

E que fora mesmo lindo o que cada um viu por conta própria e o que cada um intuiu ao saber que aquelas mesmas imagens e emoções se repetiram em centenas de cidades em todo o país e no exterior. Lindo!

E que horas depois, naquele ambiente psicossocial de beleza, nobreza, civilidade, amor ao Brasil, coesão ética e estética nas cores da pátria comum, fomos afrontados pela constatação de que havíamos dado causa a terríveis sentimentos, em setores bem específicos da sociedade brasileira. E que sentimentos!

Que não pensava em Lula, até porque para perder tempo havia um conjunto muito superior de possibilidades, do repertório de ofensas, disparates e a baixaria de sua elevada autoestima já eram mais que previsíveis. Pensava naqueles que nas redes sociais e na vida pessoal, de modo unilateral, romperam relações com a sociedade. Para estes foi um dia triste...

Pensava nos inconformados e inconsoláveis da mídia, a respeito dos quais o Alexandre do bem, o Garcia, diz terem brigado primeiro com os fatos e, agora, com o povo.   

Pensava nos ministros do STF, que devem ter passado a noite meditando sobre a dormência dos snipers e a sonolência das equipes antibombas em contraste com a implosão de seus delírios e paranoias ao som do hino nacional.

E segue o Percival:

"Estou pensando no quanto me divertiram as redes sociais onde os revolucionários de opereta perderam sua melhor oportunidade para descobrir o Brasil e, nele, alguns fatos básicos da vida. O Brasil real não é o de suas cartilhas e narrativas. Aos 200 anos da Independência, a nação pôde ver a si mesma. Ela já encontrou seu caminho e não aceita garrotes na liberdade. Ela diz não à tirania, aos cambalachos e às “estéticas jurídicas e políticas” que tentam aformosear intoleráveis omissões e prepotências.

Nada posso fazer com o desespero dos “democratas” sem povo, dos “juristas” da tirania e dos modeladores de noticiário"

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