A
Folha de S. Verdevaldo dobrou a aposta. E perdeu de novo.
A
partir das mensagens roubadas por um grupo de estelionatários, especializados
em fraudar e forjar documentos, o jornal publicou sua reportagem mais grotesca
até agora.
Ela
diz:
“Deltan foi pago por palestra em empresa
citada na Lava Jato.”
Trata-se
da Neoway, do setor de tecnologia.
Quando
Deltan Dallagnol deu a palestra, porém, ele ignorava que a empresa havia sido
citada pelo delator Jorge Luz.
E
sabe o que é mais espantoso? As mensagens roubadas pelos estelionatários e
publicadas pela Folha de S. Verdevaldo provam que isso é verdade.
Quatro
meses depois de dar a palestra, de fato, ele descobriu que a empresa havia sido
delatada e escreveu no grupo da Lava Jato:
- “Dando uma
passada de olhos nos anexos do Luz, vejam o que achei. Empresa de TI que veio
apresentar produtos de TI para LJ.”
E
também:
“Isso é um
pepino pra mim. É uma brecha que pode ser usada para me atacar (e a LJ), porque
dei palestra remunerada para a Neoway, que vende tecnologia para compliance e
due diligence, jamais imaginando que poderia aparecer ou estaria em alguma
delação sendo negociada.”
E
o que ele fez depois disso? Afastou-se imediatamente do caso, declarando-se
suspeito:
“Quero
conversar com Vcs na segunda para ver o que fazer, acho que é o caso de me
declarar suspeito e não sei até que ponto isso afeta o trabalho de todos (prov
tem que ser redistribuído para colega da PRPR e dai designar todos menos eu
para assinar).”
Em
seguida, todos os procuradores que tiveram contato com a Neoway imitaram Deltan
Dallagnol e se afastaram do caso.
Isso
é um pepino, Folha de S. Verdeval.
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