Carlos Gilberto Triel
No século 16, se não foi Edir Macedo no
mínimo era um Waldomiro Santiago que esteve encarnado na pele do Papa Leão X, tamanha
a criatividade para tomar o dinheiro das pessoas e ao mesmo tempo deixá-las felizes.
Sua Santidade queria construir a
basílica de São Pedro e vendia uma espécie de passaporte nominado de indulgência
oficial da igreja para o caboclo ir direto ao céu sem precisar passar pelo
purgatório.
A multidão se organizou em filas que se
estendia além das cercanias do Vaticano, o sucesso foi tanto que por pouco, mas
muito pouco, não cassaram a máxima, de que Jesus é o caminho e a verdade para
se chegar a luz, ou mesmo ao paraíso.
E custa a se acreditar que ainda nos
dias de hoje, não trocaram o amor e caridade deficitária do Cristo pela
obediência dum Abraão, que só não decapitou o filho Isaque, a mando de Deus
porque um anjo chegou na hora H e disse que era brincadeirinha.
Não quero dizer que estão a estigmatizar
a figura dócil do Nazareno por alguém identificado em vitórias assim como Gideão,
mas cá pra nós, o custo operacional dos shows da fé é caro, e não é nada pessoal com
Jesus, à questão é financeira, só isso.
É inegável o talento dessa turma para
captação de recursos, uma pena que religiosos de tanta criatividade se limite apenas
a louvação contemplativa e não se junte a governos para resolver os probleminhas que para eles seriam tirados de letra.
Como agora no caso de Nova
Iguaçu, em que o prefeito, coitado, como uma barata tonta sai a rodar os gabinetes do Estado e de Brasília atrás de recursos às vitímas das enchentes, quando poderia ter ao seu lado as maiores feras em termos de dinâmica de gestão financeira.
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