Por Gustavo Matheus
Ainda há tempo suficiente para algumas
surpresas na eleição governo do Estado, mas o prognóstico deve ser mesmo o já
antes mencionado.
Com os números que se apresentam nas pesquisas, tanto nas
intenções de voto quanto na rejeição dos candidatos, o segundo turno é inevitável.
E os dois candidatos mais cacifados para a disputa são o ex-governador
Garotinho (PR) e o atual governador Pezão (PMDB).
Embora o deputado tenha a maior
rejeição, lidera as pesquisas com certa folga. Além disso, seus votos, assim
como sua rejeição, são consolidados. Ou seja, ele não ganha, mas também não
perde votos. Pezão, por outro lado, é o candidato que mais cresceu nas
pesquisas e conta com o apoio da máquina.
São vários prefeitos “remando” para o
governador. Dificilmente ele não estará no segundo turno. Aliás, se tem alguém
com passaporte carimbado é ele.
A situação de Lindberg é delicada. O
petista não emplacou. Isolado, sem o apoio de Dilma e Lula, o Lindinho não
recebe afagos nem mesmo do Romário (PSB), senador em sua chapa. Embora se
espere um crescimento com a entrada do horário eleitoral, com a TV, onde o
senador já mostrou que cresce, esse crescimento pode não ser o suficiente.
Lindberg está estagnado nas pesquisas.
Situação inversa vive o outro senador na
disputa, o Crivella. Largando bem nas pesquisas, Crivella, hoje, é quem mais
perdeu pontos percentuais.
É o verdadeiro cavalo paraguaio da corrida
eleitoral.
Mas, num provável segundo turno, tudo
indica que Garotinho fique isolado, sem os apoios dos demais candidatos, que
devem seguir Pezão (máquina).
Ainda é cedo para qualquer prognóstico,
mas, ao que tudo indica, os números e projeções parecem desenhar um confronto
entre passado e presente. O futuro, como sempre, deve ficar em segundo plano.
Gustavo Matheus é jornalista/A Folha