Contei aqui sobre John Brad, um americano vermelho e gordo, do setor têxtil, que
diante da estagnação das vendas de tecidos, contratou um costureiro famoso da época, o
Clóvis Fausto, para ir ao exterior em busca de novas tendências da moda.
E
o Clovis passou todo o tempo de sua viagem em cabarés, guetos e pubs, como um
“idiota útil” que nem sabia ao certo o que viera fazer na Europa. Ao retornar,
assim que desceu do avião, e diante dos repórteres especializados recebeu a narrativa pronta do seu contratante, o John Brad:
-
“Diga para o Brasil que a moda agora é roupa larga, bem larga”.
Então, seus colegas costureiros de todo o país redesenharam o paletó, a camisa, a calça e até a
calcinha. O que se fazia com 1, passou a se fazer com 2 metros de pano. As
confecções dobraram seus pedidos.
John
Brad, malandro, recebeu as homenagens dos seus pares. Na festa de comemoração nos
Jardins em São Paulo, trajado em seu eterno jeans surrado, suado e sujo, ouviu
dum rapaz bem vestido em roupas largas:
-
“Cafona esse Brad, onde se viu usar roupa tão apertada!”
John Brad até ouviu, mas, optou em rir.
Escrevi esse artigo em 2013 aqui no Nova Laranja, e fazia alusão a uma jornalista que editava singelas sugestões corporativas, de que contratar colegas de profissão para
gerir as páginas dos vereadores de Nova Iguaçu no Facebook, seria a forma mais eficiente de defender o parlamentar das críticas dos seus eleitores.
Já o rapaz bem vestido que chamou Brad de cafona, ao contrário da jornalista, esse, coitado, acredita
que o mundo é o que se vê e o que se move de onde se está, sem rastrear a intenção além das aparências.
Na pandemia, esse pessoal que se fez de jornalista ano após ano se auto intitulando curadores e cuidadores
da informação, puseram suas máscaras e, catalogaram cuidadosamente palavras como genocida, fascista, negacionista para lacrar quem se opusesse às falcatruas e corrupção generalizada de prefeitos e governadores.
E como diz o jornalista Guilherme Fiuza, queiram ou não, essas figurinhas serão chamadas à prestação de contas, e o mínimo que poderão alegar em suas defesas é de que não passavam de paus mandados a serviço dos seus mantenedores.