Márcio Coimbra, professor de direito
constitucional e internacional do Centro Universitário de Brasília, em seu
artigo “O Centro e A Política”, diz que um dos maiores problemas da política
americana é a distância que separam republicanos e democratas.
E que qualquer manifestação de
entendimento ou convergência entre os lados passou a ser considerada uma
traição e, isso contaminou de tal forma a política partidária que hoje os EUA estão
com a agenda paralisada e a sociedade americana prejudicada.
E que o Brasil se contaminou por igual radicalismo, quem for favorável às inovações trazidas por FHC são considerados
inimigos do PT e, por outro lado, qualquer análise que reconheça as realizações
dos governos Lula e Dilma transforma o caboclo em socialista.
E que acusações de ambas as partes
mostram como o Brasil vai de mal a pior, com uma educação precária e o nível de
discursão ao chão, à política se transformou numa discursão de futebol
e, a ciência política que deveria prevalecer nos debates se enveredou em
risinhos despeitados entre ambos os lados.
O professor diz que a história política
do Brasil mostra que o brasileiro é naturalmente centrista, os brasileiros tendem
a escolher invariavelmente o caminho do meio. E os grandes Presidentes foram
conciliadores, por exemplo, JK.
E não é a toa que o partido que recebe
mais votos no país hoje é o centrista PMDB, comanda o maior número de
prefeituras, elege mais vereadores, dirige a Câmara e o Senado.
E que não é por acaso que Gilberto
Kassab soube interpretar a tendência do eleitor e criou o PSD, também de centro
e, possuem 133 deputados e dominam a Câmara dos Deputados.
Coimbra fala do que já virou uma máxima
nos corredores do Congresso:
- "Não importa quem vença as eleições, Romero Jucá será o líder do governo. Foi assim com FHC, Lula e Dilma. Isto quer dizer que independente de sermos governados pelo PSDB ou PT (ou talvez PSB), quem manterá a governabilidade é o PMDB e agora também o PSD".