Por
Almeida dos Santos
Todo
processo eleitoral, por mais previsível que seja, reserva surpresas para eleitores
e candidatos. Quando não é um “pule de dez” que fica fora do rol dos eleitos, é
alguém que entra na lista provocando surpresas. Em tempos pós manifestação,
imagino que nesse cenário estadual e nacional terá mais surpresas ainda. Se o
quadro dos que serão candidatos ao governo do estado não está tão claro e
cristalino, isso também serve para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos
Deputados, em Brasília. Os “pule de dez” não são mais os mesmos, como se
afirmavam anteriormente.
Os
deputados, tantos os federais quanto os estaduais, já estão em campo selando
alianças e criando as parcerias. E o peso das máquinas administrativas continua
importante, porém nem tanto quanto no passado. Vide a quantidade de prefeitos
que não conseguiram se reeleger apesar de toda a estrutura. Sim, houve a crise
econômica que afetou o processo de sucessão municipal, mas esse fator não foi o
preponderante para que prefeitos encontrassem dificuldades.
Vamos
olhar isso no campo dos deputados. Só em dizer que é mandatário, é sedução para
uns e um “Deus me livre” para o cidadão comum que não acompanha a política com
assiduidade. Quando dois políticos se apresentam para este tipo de eleitor,
aquele que está estreando parece levar uma pequena vantagem de não ser taxado
como o culpado de tudo que acontece quanto aquele que não tem mandato.
Com
base neste pensamento muitos novatos deverão surgir. Novatos que não são bem
novos assim no cenário. Mas como eles só aparecem eventualmente, são sempre
vistos como novos. Eles possuem o argumento de que não tiveram chances de estar
no poder.
O
que isso quer dizer. Quer dizer que a estratégia para chegar ao poder vai
requerer um esforço diferenciado para os candidatos. No caso de mandatários,
dar clareza ao posicionamento do mandato será o maior habeas corpus que pode
ser utilizado. E pode não funcionar.
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