A Comissão de Assuntos Municipais e
Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)
realizou audiência pública na manhã desta quinta-feira (10) para discutir a
proposta do governo paulista de transposição do rio Paraíba do Sul.
Autoridades da área de saneamento,
técnicos ambientais, conselheiros da Bacia do Paraíba do Sul e representantes
de prefeituras do interior participaram dos debates e trocaram informações.
— A proposta pode afetar o abastecimento de até 2,5 milhões de moradores do estado do Rio de Janeiro, quase a metade da população da capital. São Paulo precisa entender que o Brasil é uma federação.
— A proposta pode afetar o abastecimento de até 2,5 milhões de moradores do estado do Rio de Janeiro, quase a metade da população da capital. São Paulo precisa entender que o Brasil é uma federação.
Nós não temos alternativas de captação
de água. Eles têm pelo menos outras nove — reagiu a deputada estadual Clarissa
Garotinho (PR), que é presidente da comissão.
Segundo estudo encaminhado à Agência
Nacional de Águas (Ana), o governo do estado de São Paulo pretende captar de
5,1 a 8,5 metros cúbicos de água por segundo da Represa Jaguari, o suficiente
para abastecer de 1,5 milhão a 2,5 milhões de pessoas.
Embora localizado em
território paulista, o reservatório faz parte da Bacia do Paraíba do Sul, que
atende a 75% da população fluminense.
A deputada lembra que o estado de São Paulo desperdiça, atualmente, 43 metros cúbicos por segundo entre o tratamento e a distribuição de água. “É oito vezes mais do que o governo paulista propõe retirar da Bacia do Paraíba do Sul”, reforça Clarissa.
A deputada lembra que o estado de São Paulo desperdiça, atualmente, 43 metros cúbicos por segundo entre o tratamento e a distribuição de água. “É oito vezes mais do que o governo paulista propõe retirar da Bacia do Paraíba do Sul”, reforça Clarissa.
— Se o plano for executado, haverá graves consequências sociais e econômicas para o estado do Rio de Janeiro”, disse Clarissa.
De acordo com a deputada, grandes indústrias
que usam água do Paraíba do Sul no processo produtivo, como CSN, Peugeot e
Votorantim, também seriam prejudicadas. Hoje, 26 municípios fluminenses
dependem exclusivamente do rio— destacou Clarissa.
Energia - Segundo o assessor de representação corporativa da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), Jaime Azulay, a retirada de água de Jaguari ainda pode trazer impacto na geração de energia. O volume mínimo a ser captado é capaz de produzir 5 MW, o suficiente para atender a um município com 160 mil habitantes.
Energia - Segundo o assessor de representação corporativa da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), Jaime Azulay, a retirada de água de Jaguari ainda pode trazer impacto na geração de energia. O volume mínimo a ser captado é capaz de produzir 5 MW, o suficiente para atender a um município com 160 mil habitantes.
Fonte: Ascom/Folha
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