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Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 0,5% no quarto trimestre de 2021 e
encerrou o ano com crescimento de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Esse
avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9%
devido à pandemia. O PIB per capita alcançou R$ 40.688 no ano passado, um
avanço de 3,9% em relação ao ano anterior (-4,6%).
O PIB, soma dos bens e serviços finais produzidos no país, está 0,5% acima do
quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia de covid-19, mas continua 2,8%
abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado
no primeiro trimestre de 2014.
Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta
sexta-feira (04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Segundo o levantamento, o crescimento da economia foi puxado pelas altas nos
serviços (4,7%) e na indústria (4,5%), que juntos representam 90% do PIB do
país. Por outro lado, a agropecuária recuou 0,2% no ano passado.
De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, todas
as atividades que compõem os serviços cresceram em 2021, com destaque para
transporte, armazenagem e correio (11,4%). Segundo ela, o transporte de
passageiros também subiu bastante, principalmente no fim do ano, com o retorno
das pessoas às viagens.
“A atividade de informação e comunicação (12,3%) também avançou, puxada por
internet e desenvolvimento de sistemas. Essa atividade já vinha crescendo
antes, mas com o isolamento social e todas as mudanças provocadas pela
pandemia, esse processo se intensificou, fazendo a atividade crescer ainda
mais”, disse, em nota, Rebeca Palis.
Outras atividades de serviços (7,6%) também tiveram alta no período. “São
atividades relacionadas aos serviços presenciais, parte da economia que foi a
mais afetada pela pandemia, mas que voltou a se recuperar, impulsionada pela
própria demanda das famílias por esse tipo de serviço”, acrescentou a
pesquisadora.
Cresceram ainda comércio (5,5%), atividades imobiliárias (2,2%), administração,
defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais (1,5%) e atividades
financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%).
Segundo o IBGE, na indústria, o destaque positivo foi o desempenho da
construção que, após cair 6,3% em 2020, subiu 9,7% em 2021.
“As indústrias de transformação (4,5%), com maior peso no setor, também
cresceram, influenciadas principalmente pela alta nas atividades de fabricação
de máquinas e equipamentos; metalurgia; fabricação de outros equipamentos de
transporte; fabricação de produtos minerais não metálicos; e indústria
automotiva. As indústrias extrativas avançaram 3% devido à alta na extração de
minério de ferro”, informou o IBGE.
A única atividade que não cresceu foi a de eletricidade, gás, água, esgoto,
gestão de resíduos, que teve variação negativa de 0,1%, que indica
estabilidade. “A crise hídrica afetou negativamente o desempenho da atividade
em 2021”, explicou Rebeca Palis.
Fonte:
Agência Brasil