Por Alex Sandro Aragão Santos
Quando esta semana chegar ao fim, estaremos a oito dias das eleições. Para
aqueles que ainda não definiram os seus votos, é o momento de fazer as suas
escolhas, ou, democraticamente, firmar a sua convicção de que deve votar nulo
ou em branco.
É evidente o descrédito que a classe política tem com a sociedade em geral. Com
certeza, isto se deve aos muitos escândalos divulgados, principalmente através
da imprensa. Mas será que a maior parte dos políticos não presta, ou o alcance
dos maus atos de poucos é muito maior do que as boas ações da maioria?
Se nos dermos ao trabalho de pesquisar na Internet quantos foram os “maus
políticos” envolvidos em escândalos e comparar este número com o total de
políticos do país (em 2012, segundo a Confederação Nacional dos Municípios,
foram eleitos 56.810 vereadores em todo o país, que devem ser somados aos
deputados, senadores, prefeitos, governadores e etc), chegará à mesma conclusão
que cheguei:
- existem maus políticos assim como existem maus médicos, maus
advogados e maus pedreiros, por exemplo. Porque, em minha opinião, isto depende
da índole da pessoa, e não da sua profissão.
Partindo-se do princípio de que “quando os bons se omitem os maus prevalecem”,
não compartilho do pensamento de algumas pessoas que dizem “votar em qualquer
um”, e muito menos daqueles que cometem o crime de vender o seu voto. E isto
não é força de expressão. Vender o voto é crime federal, e pode acabar com o
futuro de um jovem.
Quem vota em qualquer um não pode reclamar depois, e quem vende o seu voto não
pode cobrar nada, pois, ao fazer um negócio, fez a sua parte votando e o
candidato fez a sua pagando, assim, estão quites, e não cabe mais qualquer
cobrança. Então, como escolher um bom candidato, se tantos se apresentam
pedindo seu voto?
Para responder a esta pergunta, devemos lembrar que um membro do Poder
Legislativo (vereador, deputado e senador) tem como uma de suas funções
representar a população, fazendo com que as suas demandas cheguem ao Poder
Executivo (prefeito, governador e presidente), que é quem efetivamente tem a
atribuição de atendê-las.
Assim, se você vai eleger alguém para representá-lo,
o principal requisito, em minha opinião, é que esta pessoa seja facilmente
acessível para seus pedidos e também para suas cobranças.
E em relação àqueles
que devem transformar suas expectativas em realidade, a nossa escolha deve
levar em conta o que foi feito por quem já esteve lá e as promessas de quem
ainda quer chegar.
E se, durante o mandato dos seus
representantes, você não for correspondido em suas expectativas, terá todo
direito de, na eleição seguinte, não apenas negar-lhes o voto, mas também fazer
propaganda contrária a eles.
E não esqueçam: “não é a política quem faz o
candidato virar ladrão; é o SEU voto que faz o ladrão virar político.
Alex Sandro Aragão Santos é Consultor Legislativo, palestrante e servidor da
Câmara Municipal de Nova Iguaçu.
Facebook: alex aragão
E-mail: aragaoalexsandro@gmail.com