Por Alex Sandro Aragão Santos
À medida em que são divulgados os resultados das pesquisas eleitorais, ganham força dois rumores: o primeiro, dando conta de que Dilma Rousseff renunciaria à sua candidatura e seria substituída por Lula.
À medida em que são divulgados os resultados das pesquisas eleitorais, ganham força dois rumores: o primeiro, dando conta de que Dilma Rousseff renunciaria à sua candidatura e seria substituída por Lula.
O outro, de que Aécio Neves
também renunciaria e declararia apoio a Marina Silva, visando que esta vencesse
no primeiro turno.
Apesar das negativas dos dois lados, estes movimentos não podem ser
considerados absurdos, afinal, Lula, do alto da aprovação com que deixou a
presidência, teria certamente mais condições de enfrentar e vencer Marina Silva
no segundo turno do que Dilma Rousseff, desgastada por um final de primeiro
governo recheado de problemas administrativos, econômicos, políticos e até
judiciais.
Da mesma maneira, o perfil do eleitor típico de Aécio Neves é o de antipetista,
tornando real a possibilidade de migração de grande parte dos seus votos, em
caso de renúncia, para qualquer um que possa vencer Dilma Rousseff, e neste
caso Marina Silva seria a escolhida, em um cenário que aponta para uma vitória
da ex-senadora no primeiro turno.
O prazo para substituição de candidatos, por motivo de renúncia, na eleição
proporcional (deputado), acabou no dia 6 de agosto, mas no caso de substituição
de candidato a cargo majoritário (presidente, governador e senador), o prazo
dado pela Justiça Eleitoral para o pedido de registro da nova candidatura vai
até vinte dias antes das eleições, ou seja, 15 de setembro, última data para o
PT definir o seu candidato.
Já Aécio Neves, a princípio, poderia aguardar mais tempo, afinal ele pode
renunciar sem ser substituído até o dia da eleição.
Eu disse “poderia” porque existe uma outra possibilidade: a de que ele renuncie à candidatura para presidente e substitua Pimenta da Veiga na disputa para governador de Minas Gerais, onde o tucano está 14 pontos atrás do petista Fernando Pimentel nas pesquisas.
Eu disse “poderia” porque existe uma outra possibilidade: a de que ele renuncie à candidatura para presidente e substitua Pimenta da Veiga na disputa para governador de Minas Gerais, onde o tucano está 14 pontos atrás do petista Fernando Pimentel nas pesquisas.
Absurdo? Não mesmo, afinal, como diz o colunista Vinicius Mota, da Folha de São
Paulo: “O assédio para que Aécio cuide prioritariamente de sua aldeia será
inversamente proporcional à sua viabilidade nacional. A ascensão de Marina
tende a empurrar para a Província a guerra entre petistas e tucanos”.
Agindo assim, haveria uma chance real de Aécio Neves ajudar Marina Silva a
derrotar Dilma Roussef no primeiro turno, o que lhe garantiria um ótimo
relacionamento com o governo federal, e ele próprio ser eleito, também no
primeiro turno, governador de Minas Gerais, se cacifando para que daqui a quatro
anos enfrente a própria Marina Silva na mesma condição em que Dilma Roussef
está hoje, no final de um primeiro, e provavelmente desgastado, governo. Isto,
caso ela não cumpra a promessa que fez de não tentar a reeleição.
Mas, para substituir Pimenta da Veiga, Aécio Neves terá que renunciar à sua
candidatura até a próxima segunda feira. Vamos aguardar e conferir.
Alex Sandro Aragão Santos é Consultor Legislativo, palestrante e servidor da Câmara Municipal de Nova Iguaçu.
Facebook: alex aragão
E-mail: aragaoalexsandro@gmail.com.
Alex Sandro Aragão Santos é Consultor Legislativo, palestrante e servidor da Câmara Municipal de Nova Iguaçu.
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E-mail: aragaoalexsandro@gmail.com.