À primeira vista, você até pensa: “Ih... mais uma lojinha de bairro com nome de bíblia e prateleira de padaria.” Mas não se deixe enganar pelas instalações simples da Lampadosa - Material de Construção, ali no KM 40 da velha Rio–São Paulo, em Seropédica.
Simples é só a fachada. Porque o resto... é coisa de outro mundo.
O
comandante dessa operação? Um sujeito chamado Rubinho — um jovem
senhor de setenta e poucos anos, com alguns quilos a mais de história
nas costas e disposição no corpo. O homem é uma usina! Trabalha de domingo
a domingo, feriado só se for pra fazer inventário, e santo do calendário ele só
conhece de nome.
Agora, sobre o estoque… ah, meu amigo, o estoque da Lampadosa é uma mistura de armazém da NASA com porão de submarino soviético. Tem peça, porca, tubo, parafuso, registro, manivela de geladeira de 1954 e uma porção de outras coisas que nenhuma alma viva lembra que existe — mas que o Rubinho tem, na caixa original.
Dizem (e há quem jure pela mãe mortinha!) que até o Exército e a Marinha dos Estados Unidos já compraram ali uns itens perdidos de tanque Sherman e fragata da Segunda Guerra. Pode ser exagero? Pode. Mas vá lá conferir, e me diga depois se duvidar.
“Ah,
infelizmente, essa peça saiu de linha em 2007…”
“Esse produto só por encomenda em Marte…”
A Lampadosa responde
com seu lema não-oficial, mas absolutamente verdadeiro:
“Temos o
que você pediu. E também o que você esqueceu de pedir.”
Então, se por acaso passar pelo KM 40, pare. Nem que seja só pra olhar.
Mas aviso: vai sair de lá com pelo menos um pedaço de motor de enceradeira ou uma torneira com DNA de cometa Halley.
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