segunda-feira, 4 de julho de 2022

FAMÍLIAS PERDIDAS E PERDIDOS NO ESPAÇO

 Por Marco Frenette

Vi algumas criaturas do pântano criticarem e ridicularizarem a série "Perdidos no Espaço", da Netflix. Ao assistir aos episódios, entendi o porquê do repúdio das criaturas vermelhas.

A série é um grande elogio aos valores familiares. É também uma ode ao esforço pessoal e um hino à liberdade. Claro, tudo isso diluído no entretenimento. Mas sabemos que é se divertindo que as crianças aprendem ou desaprendem o essencial, e os adultos também.

A família Robinson passa por todos os problemas possíveis, e vão superando todos, um a um; e a cada superação se unem mais, e a cada união penetram um pouco mais no grande mistério do amor familiar e no enfrentamento dos perigos e sofrimentos.

Cada ente familiar dos Robinsons tem suas forças e fraquezas, e, além da luta pessoal pela superação das próprias limitações, contribuí com suas características boas para o fortalecimento da família. E para evidenciar que não se trata de meros laços de sangue, mas de valores e convicções, uma das filhas dos Robinson é adotiva, sendo a que mais representa as convicções da própria família.

A família Robinson torna-se uma referência para todos os colonos perdidos no espaço, pois eles reconhecem nela uma força motriz para a formação da nova sociedade que desejam construir no espaço.

Essa série foi uma das mais assistidas do catálogo da Netflix, mesmo contendo (ou até por isso mesmo) fortes mensagens meritocráticas, familiares e de preservação da tradição. "Perdidos no Espaço", deve ter feito mais pela divulgação das ideias centrais do conservadorismo entre as pessoas do que todos os livros do Scruton e do Dalrymple juntos. 

As criaturas do pântano têm razão de não gostarem dessa série.


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