A Ucrânia quer que o presidente Jair Bolsonaro (PL) condene formalmente o ataque russo ao país do Leste Europeu, e, participe de uma ajuda humanitária e financeira ao país. Contatos entre os dois países vem acontecendo desde o início das hostilidades, na madrugada desta quinta (24).
O encarregado de negócios no Brasil Anatoliy Tkach disse em coletiva:
- “Esperamos uma condenação ao ataque russo à Ucrânia. Precisamos de sinais fortes de que a Rússia precisa ceder”
- Estamos sofrendo uma agressão contínua desde 2014 [quando a Rússia ocupou a península da Crimeia]. E um fornecimento de armas e equipamentos militares também seria bem-vindo."
Ele também solicitou que sejam feitas sanções à Rússia.
Uma alternativa que seria relevante, segundo Tkach, seria uma visita de Bolsonaro à Ucrânia. "Isto contrabalançaria o encontro que houve na semana passada", diz. Bolsonaro esteve com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou.
No momento, uma visita de Bolsonaro à Ucrânia está fora de cogitação, porque o espaço aéreo ucraniano está fechado.
Em nota publicada nesta manhã, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que Brasil acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares entre os dois países e apela pelo fim das hostilidades entre os dois países.
Já o vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou nesta quinta que o Brasil não está neutro e que não concorda com a invasão da Ucrânia pela Rússia. "O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano. Isso é uma realidade", disse Mourão em rápida conversa com jornalistas em frente ao Palácio do Planalto.
Fonte Gazeta do Povo