Os mais velhinhos vão se lembrar de Dom Rossé Cavaca, um jornalista que viveu
no Rio no século passado:
“Há
milhares de notas falsas em circulação, mas tão prestativas que conquistaram a
confiança de todos”.
-
“Em alguns países, traficantes e seus cúmplices controlam partidos, são donos
de jornais ou estão entre os principais filantropos, escondidos por trás de
ONGs.
Quando seus negócios são grandes e estáveis, as redes de tráfico fazem o que
tendem a fazer as grandes empresas: diversificam as atividades e investem em
política.
Criminosos se transformam em políticos, do mesmo modo que governantes se
transformam em mafiosos.
Há
uns dez anos, no México, militares que estavam envolvidos no combate às drogas
foram detidos porque faziam parte das quadrilhas.
No
Peru, Vladimiro Montesinos, chefe da Inteligência, tinha vínculos com o tráfico
de armas.
É impossível que haja uma indústria desse tamanho, com tal
sofisticação, sem que as autoridades sejam cúmplices”.
Ninguém duvida que a indústria do crime organizado se internacionalizou.
Engoliu cerca de um quarto da economia mundial e, com a dinâmica dos tempos
modernos estão nos seguimentos mais diversos: sequestros, fraudes, tráfico de
drogas e órgãos humanos, armas, lavagem de dinheiro, prostituição, contrabando,
jogos ilegais, extorsão ou qualquer tipo de atividade que possa envolver lucro
e poder.
Quem sabe, a quebradeira que os países amargam seja a perspectiva de uma nova
ordem. Afinal, nesses tempos de internet; com poucos móveis na sala fica mais
fácil pegar o rato.
Mas,
voltando ao excelente Dom Rossé Cavaca: “bebeu veneno e o legista descobriu que
era uma solução”.