quinta-feira, 27 de outubro de 2022

O CAÇADOR

Por Felipe Fiamenghi

Essa analogia pode não ser muito clara pra quem nunca caçou na vida, mas não consigo imaginar outra melhor.

Quando um animal está ferido, se torna extremamente perigoso. Impossibilitado de fugir, só lhe resta lutar. E luta com todas as forças. A agressividade é tanta que, muitas vezes, com seus ataques, acaba se causando injurias maiores; em desespero, ele mesmo se mata. 

Ao caçador, não existe nada mais imbecil e desnecessário do que acuar uma presa agonizante. É certeza de ser atacado, com grande chances de sofrer graves ferimentos (ou pior). Basta deixá-la tomar seu rumo e, em segurança, seguir seu rastro. Demanda mais paciência, mas garante que sairá do mato com a integridade física preservada e carregando a carcaça. 

Saber a hora certa de agir é o que determina se o desfecho será uma bela churrasqueada ou uma cama de hospital (sendo otimista). 

O primeiro turno da eleição foi um ferimento mortal para alguns personagens da política brasileira. Não caíram, ainda,  mas já estão cientes de seus destinos. 

Quem acredita que Janones conseguirá terminar seu mandato, depois de tudo que fez, com a configuração eleita para a câmara? Quem acredita que Alexandre de Moraes conseguirá se livrar do impeachment, depois de ignorar sistematicamente a Constituição, com os novos senadores tomando posse? 

Eles sabem que acabou. Sabem que, para salvar os dedos, a esquerda sacrificará os anéis. E obviamente eles são esses anéis. 

Até o último suspiro, vão estrebuchar muito. 

Então, parem com essa ânsia de querer que o Presidente vá dar-lhes o "tiro de misericórdia". Bolsonaro não é bobo. Pelo contrário. É mais estrategista do que todos os "direitistas emocionados" juntos. Sabe perfeitamente a hora certa de buscar a carcaça abatida. 

Observem, acendam o fogo, preparem os acompanhamentos e não se preocupem. 

A caça virá! 

Fonte: Jornal da Cidade Online


 



Nenhum comentário:

Postar um comentário