Por essa nem o Pezão esperava, a ONU (Organização das
Nações Unidas) divulgou na semana passada, que alertou para a necessidade de
melhoria da gestão dos recursos hídricos no planeta, e citou o programa Rio Rural,
da Secretaria de Agricultura, como referência mundial.
Produzido pela Unesco (Agência
das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), o documento indica risco de redução de
até 40% das reservas de água no mundo se não forem priorizadas medidas de
redução do desperdício e da poluição.
Executado em parceria com o Banco
Mundial, o Rio Rural vem incentivando agricultores familiares fluminenses na
adoção de boas práticas agrícolas e de preservação ambiental.
Mais de R$ 150 milhões já foram
investidos em ações, beneficiando comunidades rurais de 251 microbacias
hidrográficas no estado.
Projetos como proteção de nascentes, de
áreas de recarga hídrica e de recuperação de matas ciliares, implantados em
pequenas propriedades rurais, mostram na prática que a utilização sustentável
dos recursos naturais é o caminho para o enfrentamento dos efeitos das mudanças
climáticas.
As práticas de conservação hídrica
possibilitam melhor infiltração e retenção da água no solo. Muitos produtores
apoiados pelo programa estão superando mais facilmente as consequências da
longa estiagem no estado.
Com a utilização de recursos do
incentivo, os agricultores passam a adotar práticas, manejos e tecnologias mais
racionais, intensificando a obtenção de resultados em áreas menores e liberando
outras, que estavam em uso, para a preservação.
De acordo com o secretário de
Agricultura, Christino Áureo, o documento da ONU reconhece os esforços do Rio
Rural para que os produtores sejam remunerados pelos serviços ambientais
realizados em suas propriedades.
– Em várias ocasiões, tivemos a
oportunidade de apresentar internacionalmente as práticas de conservação
ambiental que incentivamos e suas estratégias de sustentabilidade financeira.
O
compromisso é promover o desenvolvimento rural de longo prazo, protegendo o
ambiente e garantindo que os investimentos de hoje gerem frutos por muitas
gerações – explicou o secretário.
Fonte Cilênio Tavares/A Folha